18/10/2012 11:06, Por Redação, com agências internacionais - de Havana e Beirute
Manifestação no Líbano pede a libertação de prisioneiros cubanos nos Estados Unidos
A carta, divulgada pela agência cubana de notícias Prensa Latina, aponta a violação do devido processo legal, o que requer um julgamento com todas as garantias de defesa e um júri imparcial, sem a pressão exercida pela extrema-direita cubano-norte-americana sobre o governo dos EUA:
“É tempo, Sr. Presidente, de você reparar a injustiça feita a eles e a desgraça do sistema judicial do seu país, que violou a legislação nacional e internacional. Esperamos do senhor uma mostra de boa vontade, sabedoria e ética”, assinala a carta. O documento expõe o fato de que um caso simples tenha assumido proporões desmedidas e sanções inadequadas, por razões puramente políticas, aponta a AAJ.
A carta aberta é assinada por Vanessa Ramos, presidente, Hernán Rivadeneira, secretário geral, e Szmukler Beinusz, presidente do Conselho Consultivo da representante da ONG permanente para a ONU.
Marcha
Ainda no sul do Líbano, uma marcha atravessou o Slouki Vale até Dubay Castelo, fortaleza medieval utilizada como base pela resistência libanesa contra a ocupação militar israelense, para uma homenagem ao comandante Ernesto Che Guevara, no 45 º aniversário de seu assassinato na Bolívia. O movimento também denunciou o bloqueio dos EUA a Cuba e pediu a libertação dos cinco prisioneiros.
Os manifestantes, liderado por Mohamed Hachicho, membro do Politburo do Partido Democrático Popular (PDP) e a diretiva da Comissão libanesa pela Libertação dos Cinco, ressaltou que a causa destes cubanos presos nos Estados Unidos é a mesma dos presos palestinos e árabes em prisões israelenses. Yuri González, terceiro secretário da Embaixada de Cuba no Líbano, descreveu a grande marcha realizada como uma atividades que pessoas podem fazer em nome da Justiça, mesmo de pequenos países.
Saúde de Fidel
Na véspera, segundo informações da agência cubana de notícias ACN, o ex-presidente e líder histórico de Cuba Fidel Castro escreveu uma carta de homenagem ao Instituto de Ciencias Básicas y Preclínicas “Victoria de Girón” por ocasião dos 50 anos de fundação da instituição. A notícia chegou em meio aos boatos sobre a deterioração do estado de saúde ou mesmo da morte de Fidel, distribuída por meios conservadores de comunicação. Segundo íntegra disponível no site da agência, a carta teria sido assinada na quarta-feira pelo líder. Nela, Fidel relembra e enaltece a história do instituto, mas não faz menção a sua condição pessoal.
Na última sexta-feira, 12 de outubro, voltaram a circular nos diários internacionais ligados aos setores capitalistas nos EUA, boatos sobre a morte de Fidel a partir de informações secretas e de autenticidade não comprovada do jornalista venezuelano Nelson Bocaranda, conhecido por noticiar o câncer do presidente Hugo Chávez. Segundo Bocaranda, o falecimento do líder cubano seria noticiado em ”até 72h”. O prazo expirou na segunda-feira.
Havana não divulgou informações para comprovar ou desmentir a tese de Bocaranda. Incertezas à parte, Fidel tem se mantido longe da publicidade e mesmo diminuído sua produção intelectual – seu último e pequeno ensaio, de cunho existencial, foi publicado na mídia oficial cubana em 19 de junho, sob o título O universo e sua expansão.
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