segunda-feira, 29 de outubro de 2012

EUA querem esclarecimento sobre transparência das eleições em Angola

EUA querem esclarecimento sobre transparência das eleições em Angola

Lisboa - O Departamento de Estado Norte Americano, esta em vias de orientar o seu embaixador em Luanda, Christpher J. McMullen a solicitar uma audiência às autoridades angolanas destinada a afazer chegar formalmente uma declaração solicitando “esclarecimento” sobre “duvidas” quanto a integridade das eleições de 31 de Agosto.

Fonte: Club-k.net

Os Estados Unidos da America ainda não reconheceram a eleição do Presidente José Eduardo dos Santos. Tencionam primeiro ver esclarecida as referidas duvidas e omissões que tem, para que de seguida possam tomar uma posição quanto ao assunto. As eleições angolanas foram marcadas por irregularidades e violações da lei eleitoral. Há denuncias do partido da oposição, UNITA que acusa as autoridades de terem manipulados os cadernos eleitorais e de terem controlado por via da Casa Militar da PR, o centro de escrutínio eleitoral (onde os resultados foram transmitidos), contrariando a lei eleitoral que determina que no referido centro devem estar presentes membros dos partidos da oposição a semelhança da CNE. Dispõem igualmente de dados (contagem paralela) que indicam que o MPLA terá ganho as eleições com uma margem perto dos 63,7% dos votos e a UNITA com cerca de 34,3 % contrariando aos resultados lançados pela CNE.

Desde a subida de Barack Obama ao poder, os Estados Unidos da America adoptaram uma política de pressão a lideres políticos que se fazem eleger com recurso a métodos extra-eleitorais. Em conseqüência disto alteram o seu relacionamento nas relações internacionais.

Para além, do ainda não reconhecimento das eleições, o regime do MPLA começou a sentir frieza por parte das autoridades americanas quando a poucas semanas atrás, o Ministério das Relações de Angola viu recusado um pedido de audiência que previa despachar para Washington um enviado/emissário angolano a fim de ver esclarecido a questão do “reconhecimento eleitoral”. O departamento de Estado apresentou como justificativa da “recusa da audiência”, questões de agenda da Secretaria de Estado, Hillary Clinton.

Há igualmente estimativas de que alguns países parceiros de Angola possam optar por demarcar-se do regime de JES para evitar embaraços internacionais. Cavaco Silva, o Presidente de Portugal que havia sido convidado para tomada de posse de Eduardo dos Santos, terá sido o primeiro a distanciar-se da sua presença na referida cerimônia de posse. Circula que terá invocado razões de ordem de crise financeira em Portugal que o impediram de deslocar-se a Luanda. (Também não se fez representar por um ministro ou emissário)

A pressão que os Estados Unidos da America estão a exercer sobre processos eleitorais não transparentes, esta a ganhar efeito em países Europeus. No passado dia 25 de Setembro, a Secretaria de Estado Norte, Americana, Hillary Clinton fez , criticas ao processo eleitoral que elegeu o Presidente Vladimir Putin, a margem do tradicional jantar transatlântico anual com ministros dos Negócios Estrangeiros da União Européia (UE), em que esteve em foco a Síria e o Afeganistão. Acusou-o igualmente de intromissão nos processos eleitorais.

No encontro foram ainda abordados os processos eleitorais no leste da Europa, em particular, as "eleições imperfeitas" a duas semanas atrás na Bielorrússia, bem como a necessidade de garantir que as eleições que se avizinham na Ucrânia e na Geórgia sejam "livres e transparentes".
EUA  querem esclarecimento sobre transparência das  eleições em Angola

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