quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Esquadrões ruandeses executam compatriota em Maputo

 

Para alegada queima de provas
- A vítima era uma peça chave no esclarecimento de um saque bilionário no Banco ruandês de Desenvolvimento, que durante anos serviu de “saco azul” da Frente Patriótica do Ruanda
A Polícia da República ao nível da cidade do Maputo diz desconhecer o alegado assassinato do cidadão ruandês, que era vice-reitor da Universidade São Tomás de Moçambique (USTM), vítima de uma suposta tentativa de rapto na capital do país.
Segundo uma nota divulgada nesta quarta-feira pela embaixada ruandesa na África do Sul, a vítima respondia pelo nome de Théogène Turatsinze e o seu corpo foi encontrado no último domingo a flutuar numa praia de Maputo. No entanto, não há precisão do local exacto onde o corpo foi encontrado.
Informações que circulam nos corredores internacionais apontam para uma possível conspiração política, por detrás da morte de Turatsinze, tendo como motivo de fundo, o facto de ser portador de informações cruciais de um saque financeiro protagonizado no Banco Ruandês de Desenvolvimento (RDB), instituição de que foi director, entre 2005 e 2007.
Segundo informações a que tivemos acesso, durante a sua direcção no RDB, teria entrado num rombo financeiro, originado por saques destinados aos negócios da Frente Patriótica do Ruanda (RPF), partido no poder e liderado por Paul Kagamé.
Em 2007 Turatsinze entrou em rota de colisão com o regime de Kagamé, depois de ter desobedecido uma ordem do Ministro das Finanças, para declarar a falência do RDB.
Esta decisão custou ao malogrado, uma exoneração do cargo.
O seu sucessor, Jack Kayonga, cumpriu com a ordem do Ministro das Finanças e juntamente com a declaração de falência, cancelou todas as dívidas dos membros do RPF.
Após afastamento do RDB, Théogène Turantsinze abandona o Ruanda, tendo fixado residência em Maputo, onde se dedicava à vida académica e negócios.
Fontes internas do Ruanda indicam que Turatsinze acumulou muitos inimigos no seu país, sendo um dos mais notáveis, o antigo Ministro das Finanças, James Musoni, considerado braço direito de Kagamé, dentro dos negócios do RPF.
A gota de água
Informações em nosso poder indicam que a perseguição a Turatsinze atingiu o apogeu recentemente, quando uma equipa de auditores ligados ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial (BM), os dois maiores credores do RDB, começou a investigar o paradeiro do dinheiro do banco, após declarar falência.
Segundo consta, os auditores pediram colaboração de Turatsinze para as suas investigações, por considerar ser uma peça fundamental para o apuramento dos factos.
Fontes de pessoas bem conhecedoras da situação ruandesa acreditam que Turatsinze foi mais uma vítima do regime de Kagamé, simplememente “porque sabia muito das artimanhas do governo”.
Com os braços amarrados às costas, Théogène Turantsinze foi encontrado morto numa acção que, a princípio era imputada a sequestro para posterior pedido de resgate. Mas que a hipótese que ganha maior expressão tema ver com uma acção de esquadrões de morte, ligadas ao executivo de Kigali, uma vez que Turatsinze é o terceiro cidadão ruandês “Non Grata” ao regime, executado no exterior.
Na história recente constam Seth Sendashonga, executado em Nairobi (Quénia) em 1998, Charles Ingabire em 2011 e a tentativa contra Kayumba Nyamwasa, em 2010, na cidade de Johannesburg.
MEDIA FAX – 18.10.2012

1 comentário:

Anónimo disse...

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