quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Em debate, Freixo usa 'mensalão carioca'; Paes revida com milícias

 

 
Líderes nas pesquisas de intenção de voto, Eduardo Paes e Marcelo Freixo se cumprimentam antes do debate. Foto: Daniel Ramalho/TerraLíderes nas pesquisas de intenção de voto, Eduardo Paes e Marcelo Freixo se cumprimentam antes do debate
Foto: Daniel Ramalho/Terra
Juliana Prado
Direto do Rio de Janeiro
O último debate entre os candidatos à prefeitura do Rio de Janeiro, realizado pela TV Globo, na noite desta quinta-feira, começou em clima tenso. Primeiro a perguntar, no bloco de tema livre, o candidato do Psol, Marcelo Freixo, escolheu o prefeito Eduardo Paes (PMDB) que tenta a reeleição, para responder sua indagação. Conheça os candidatos a vereador e prefeito de todo o País
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Freixo voltou a expor a suposta relação da candidatura de Paes com compra de apoio político do nanico PTN por parte do PMDB para que a sigla apoiasse sua reeleição. "O Brasil inteiro está aplaudindo o STF pelo julgamento do mensalão. Aqui o seu chefe da Casa Civil teria comprado um partido. Queria que você explicasse isso". Segundo a denúncia, o presidente do PTN, Jorge Esch, foi flagrado endossando o apoio e garantindo aos correligionários que a sigla receberia para isso R$ 1 milhão. Paes reagiu voltando a classificar a acusação de "denuncismo" de última semana de campanha. "Pegaram uma gravação de um dirigente de partido, boquirroto, que disse lá que se me apoiasse receberia o recurso. O pedido dele foi negado em dezembro do ano passado". O prefeito peemedebista ainda voltou a garantir que foi o primeiro a pedir apuração das acusações à justiça. O clima continuou tenso na réplica de Freixo. O concorrente do Psol disse que o dirigente partidário em questão chegou a jantar com Paes na sede do governo. Após chamar Paes de autoritário, afirmou que era necessário haver uma explicação e que Jorge Esch é do mesmo partido do vereador Leonardo Rodrigues, o Léo Comunidade, envolvido em denúncias de irregularidades eleitorais na Rocinha e apoiador de Paes. Paes contra-atacou: "O senhor colocou em seu partido um miliciano (em alusão ao candidato a vereador Berg Nordestino). Que autoridade o senhor tem para falar de uma aliança com mais de mil vereadores?" O clima só esfriou quando o próprio Paes pôde escolher a quem dirigir uma pergunta. Evitando Freixo, ele questionou o tucano Otávio Leite sobre Educação e eles passaram a discutir soluções para a rede pública municipal. "Coisa menor"
O concorrente do PSDB tocou no tema da derrubada da Perimetral, na região central da cidade, dizendo ser contra essa parte do projeto de revitalização urbana do governo Eduardo Paes. Coube a Rodrigo Maia (DEM) voltar a subir o tom contra o prefeito. Questionado por Aspásia Camargo (PV) sobre o estilo de governar ideal, afirmou que é preciso ser bom gestor e não governar como "síndico". "Prefeito tem que ter boa gestão. Isso não tem nada a ver com síndico, que é uma coisa menor para uma cidade como o Rio de Janeiro". Maia ainda dirigiu uma pergunta a Marcelo Freixo, classificando como cartel as empresas de ônibus do Rio. Segundo o concorrente do DEM, as empresas chegaram a fazer campanha para Eduardo Paes, o que é vedado por lei quando se trata de uma concessionária pública. Freixo aproveitou para responder as acusações anteriores, dizendo que, assim que o Psol descobriu uma pessoa infiltrada no partido supostamente ligada a milícias decidiu pela expulsão do candidato.

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