terça-feira, 23 de outubro de 2012

discursos diplomáticos para evitar confrontação

Reacção dos ministros da defesa e interior em relação ao caso Gorongosa Governantes recorrem a discursos diplomáticos para evitar confrontação

- Até ontem, nada transpirava em termos de sinal de aproximação das partes para tentar convergir os pontos e assuntos divergentes
Já no quinto dia consecutivo, o líder da Renamo e seus apoiantes (incluindo antigos guerrilheiros do então movimento armado) continuam instalados no antigo e primeiro quartel general do então movimento armado, no decurso da guerra que durante 16 anos dilacerou o país. Em torno deste assunto, que constitui um dos principais temas da actualidade, várias reacções de religiosos, políticos e governantes tem estado a cair na esfera pública.
Filipe Nyussi e Alberto Mondlane, respectivamente ministros da defesa e do interior reagiram sobre o assunto na manhã de ontem, à sua saída da cerimónia de abertura da VI sessão da Assembleia da República.
Com um discurso devidamente seleccionado, cuidado e sobretudo diplomático, os dois governantes evitaram guerrear discursivamente o líder da Renamo, muito por força do potencial efeito perigoso que um discurso menos cuidado pode acarretar.
Disseram simplesmente que as suas unidades operativas estavam e sempre estiveram em prontidão combativa caso algum sinal de perigo à soberania nacional ou de perturbação da ordem e tranquilidade públicas exista de maneira concreta.
Enquanto isso não acontecer, tanto Nyussi assim como Mondlane entendem que Dhlakama, como cidadão nacional, está livre de instalar residência onde achar conveniente.
Questionados em torno de o líder da Renamo ter mostrado sinais de musculatura e prontidão combatida através de paradas e treino militar, os dois dirigentes das Forças de Defesa e Segurança preferiram não comentar de forma objectiva.
“Enquanto a ordem estiver boa, a policia vai continuar a fazer o seu trabalho normalmente Onde houver alguma perturbação da ordem, a polícia tem o dever e responsabilidade de agir. Isso será feito” - apontou Mondlane.
Sobre a presença, em número considerável, de elementos da Força de Intervenção Rápida em Gorongosa, Mondlane apenas disse que era natural, pois “os homens da FIR, como uma especialidade da polícia, estão em todo o território nacional e devem estar onde as pessoas estiverem”.
No mesmo diapasão, o ministro da Defesa entende que não há ainda em Gorongosa nem em qualquer outro canto do território nacional, uma indicação precisa e concreta de perigo à soberania nacional.
“Continuamos a trabalhar normalmente porque não há perturbação da ordem. Se houver perturbação da ordem constitucional estamos e estaremos em condição de agir. Mas, agora não há motivos para alarme” - disse Nhussi.
MEDIAFAX– 23.10.2012

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