quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Dhlakama queixa-se

Dhlakama queixa-se da ditadura da Frelimo e volta a falar da nova ordem
Caso a revisão do pacote eleitoral não seja revista.
“Eu estou disposto a negociar tudo que for necessário com o presidente, mas... não vou tolerar brincadeiras de Guebuza”.
O líder da Renamo, Afonso Dhlakama, voltou, uma vez mais, a ameaça instalar, no país, uma nova ordem política, caso a revisão do pacote eleitoral não seja terminada, alegadamente para tornar as eleições livres, justas e transparentes.
Dhlakama reitera que os órgão eleitorais, designadamente, o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) e a Comissão Nacional de Eleições (CNE), estão partidarizados, facto que torna os pleitos eleitorais viciados.
Segundo o líder, os 20 anos da democratização no país foram marcados por ditadura do partido no poder, que de tudo faz para humilhar Afonso Dhlakama e seus membros, tratando-os como se fossem escravos e prisioneiros.
O líder da Renamo afirma que, a partir do dia cinco de Outubro, a situação em Moçambique vai mudar, caso o presidente da República, Armando Guebuza, se recuse a assinar todos os acordos “devidamente conhecidos pelo Chefe do estado”.
“Estou a falar da assinatura do acordo do pacote eleitoral, sobretudo para despartidarizar o STAE e a CNE, o problema das Forças Armadas de Moçambique, o problema da despartidarização das instituições do Estado, da polícia, a situação dos mega-projectos entre outras”, afirmou Dhlakama.
O presidente da “perdiz” assegurou que não está disposto a colocar em perigo a democracia do país, contudo, a calma neste sentido apenas está dependente do chefe do executivo.
“Eu estou disposto a negociar tudo que for necessário, mas não vou tolerar brincadeiras do Guebuza”.
Dhlakama voltou ao seu discurso oficial, antes das eleições, afirmando que poderá aceitar os resultados do escrutínio.
“Se Guebuza ganha, vamos congratulá-lo, se Dhlakama ganha, também deve ser o mesmo. mas o que não podemos aceitar é ver tudo acontecer de ânimo leve como se fôssemos analfabetos. Ver os órgãos eleitorais a anunciar que Guebuza ganhou quando sabemos que crianças de 12 anos metiam votos nas urnas e a intervenção rápida a defender esta prática”.
Leia mais na edição impressa do «Jornal O País»

Sem comentários: