quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Dhlakama ameaça voltar à guerra

 

Renamo-homensarmados_03x12x625x230Aquartelado desde esta terça-feira na sua antiga base em Gorongosa
O líder da Renamo, Afonso Dhlakama, ameaça voltar à guerra.
Desde esta terça-feira aquartelado na sua antiga base central, no distrito da Gorongosa, província de Sofala, centro do país, Afonso Dhlakama afirma estar cansado de ser tratado como escravo pelo governo da Frelimo.
E, anunciou que só abandonará a base quando o governo da Frelimo enviar emissários ao local para renegociar o Acordo Geral de Paz (AGP) e a revisão do pacote eleitoral.
No local, Afonso Dhlakama já juntou mais de oitocentos antigos guerrilheiros da Resistência Nacional Moçambicana – Renamo, provenientes das províncias de Sofala e Manica.
Desde que se encontram na base, os guerrilheiros tem estado a treinar, numa clara demonstração de disponibilidade de retorno ao combate.
Em Gorongosa, Afonso Dhlakama anunciou que dentro dos próximos dias vão se juntar ao grupo oficiais da Renamo que haviam sido integrados no exército do governo mas que acabaram sendo desmobilizados.
No local, a nossa reportagem constatou volumes consideráveis de equipamento de guerra.
Ontem, quarta-feira, 17 de Outubro, Afonso Dhlakama orientou em Gorongosa a celebração do trigésimo aniversário da morte de André Matade Matsangaissa, primeiro presidente e fundador da Renamo, que promoveu uma insurreição armada contra o regime marxista da Frelimo, entre 1976 e 1992.
Matsangaissa morreu em combate com o exército do governo da Frelimo a 17 de Outubro de 1979, no distrito da Gorongosa, onde a Renamo mantinha o seu primeiro quartel general, na zona conhecida por Casa Banana.
Foi uma cerimónia bastante concorrida, que serviu de oportunidade para a Renamo mostrar que ainda goza de forte influência popular.
No seu discurso de improviso, Afonso Dhlakama deixou passar a sua mensagem de homem de paz, reiterando que o seu desejo nunca foi retornar a guerra.
No entanto, afirmou repetidas vezes que está cansado de ser tratado como escravo pela Frelimo, daí ter decidido passar a viver na sua antiga base, juntamente com o seu exército.
Dhlakama avisou que só poderá voltar a guerra caso o exército do governo da Frelimo vá atacá-lo.
Também disse que só poderá voltar a guerra se não conseguir resistir a pressão dos seus antigos guerrilheiros que alega insistentemente tem o instado para retornar as matas, devido as dificuldades de reinserção social que ainda enfrentam, volvidos vinte anos após o fim da guerra no país.
Alguns colaboradores seus, entretanto, afirmaram a nossa reportagem em Gorongosa que a intenção do líder, ao decidir aquartelar-se na sua antiga base, visa essencialmente pressionar o governo a satisfazer as suas preocupações, o que passa por aceitar novas negociações.
As fontes revelaram ao “O Autarca” que Afonso Dhlakama continua preocupado com milhares de seus antigos guerrilheiros que não conseguiram ainda reinserir-se na sociedade, depois que o governo ignorou a sua integração no exército, tal como havia sido acordado em Roma.
Ainda segundo as mesmas fontes, Afonso Dhlakama quer que a lei eleitoral seja revista, por forma a permitir que os pleitos eleitorais no país decorram num ambiente de concórdia, harmonia, paz, justiça, liberdade e transparência.
Recentemente, durante a sua passagem pela cidade de Quelimane, no início do mês em curso, Afonso Dhlakama declarou à imprensa que caso o governo não aceitasse negociar com ele estava disposto a mudar a história do país.
Considerou que os vinte anos de paz que o país comemorou, no passado dia 04 de Outubro, representavam exemplo de sacrifício e de paciência.
Havia prometido mudar o rumo do país até o passado dia 05 de Outubro.
José Cherindza
O AUTARCA – 18.10.2012

1 comentário:

Anónimo disse...

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