18.10.2012, 17:50
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A união estável gay foi juridicamente reconhecida no Brasil no ano 2011. No entanto, as pessoas ainda têm dificuldades em registrar casamentos civis entre pessoas do mesmo sexo. Alguns pedidos foram negados pelos cartórios. Recentemente o Estado autorizou pedidos de companheiros do mesmo sexo para o reconhecimento da união estável. A sociedade em relação à comunidade LGBT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays e Transexuais) ficou mais tolerante.
Os cartórios de registros civis em alguns estados já estão
realizando registros sem a necessidade de processo judicial. No dia 15 de
outubro de 2012, o Supremo Tribunal Federal autorizou o primeiro
casamento civil entre homens, em Santo André, na Grande São Paulo. Um pouco
antes, no dia 13 de outubro, na Bahia, entrou em vigor uma lei que permite aos
cartórios de registro civil receber pedidos para o casamento entre pessoas do
mesmo sexo.
Essas notícias tiveram muito apoio da parte da sociedade
brasileira nas redes sociais, por exemplo, no Facebook:
“Não vejo problema nenhum, o Brasil já foi um país muito
preconceituoso, mas a cosmopolização de diversas cidades, o turismo, a
facilidade de informação, de viagens, e miscigenação da cultura tem transformado
esse pensamento. É um conceito moderno, mas totalmente condizente e normal com o
que temos hoje.” (Gilberto Machado, Rio de Janeiro)
“Eu sou a favor de cada um poder ser feliz do jeito que se sentir
melhor, desde que respeitem uns aos outros. Sou aberta a amizades de qualquer
pessoa, sou hétero, tenho uma religião definida, e convivo bem com todos.”
(Yasmmin Côrtes, Rio de Janeiro)
Outras opiniões dos usuários da rede Facebook:
“Ai simmmm evoluindo Santo André, espero não ter problemas quando
for minha vez”.
“Alguns estados... sempre tão atrasados, mas antes tarde do que
nunca”.
Existe também uma pequena parte da sociedade que está contra o
casamento gay. Principalmente a que é representada pelas igrejas
conservadoras.
O senador evangélico Magno Malta, membro da Frente da
Família, considera: “Nós aprovarmos um projeto desse que você é criminoso
por não aceitar a opção sexual de alguém, é claro, é como se você estivesse
legalizando a pedofilia, o sadomasoquismo, a bestialidade”.
As ativistas de LGBT respondem ao senador que “não se deve
misturar pedofilia, sadomasoquismo, bestialidade com as relações homossexuais,
todos quatro têm motivações diferentes”.
A página oficial da comunidade a favor do casamento gay no
Facebook diz: “Brasil já tem BEM MAIS do que 300 casamentos civis entre duas
pessoas do mesmo sexo...”.
O mais forte argumento, seja para gays ou heterossexuais, à favor
do casamento gay, é que “quem ama quer estar junto”.
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