Cabinda: Possibilidade de conversações acentua divisões na FLEC
Líder histórico Nzita Tiago não afasta hipótese de diálogo. Dissidente Afonso Massanga diz que se trataria de capitulação.
A possibilidade de conversações entre os separatistas cabindenses e o governo angolano continua a dividir as várias facções da FLEC.
De um lado o líder histórico Nzita Tiago que não afasta a hipótese de diálogo. Do outro o líder dissidente Afonso Massanga que acha que negociações seriam sinónimo de capitulação.
A VOA ouviu os dois líderes para se inteirar das suas leituras do momento actual em Cabinda.
A facção cabindense da FLEC liderada por Nzita Tiago voltou a propor a realização de conversações com o governo angolano acerca do futuro do território.
A possibilidade de conversações entre os separatistas cabindenses e o governo angolano continua a dividir as várias facções da FLEC.
De um lado o líder histórico Nzita Tiago que não afasta a hipótese de diálogo. Do outro o líder dissidente Afonso Massanga que acha que negociações seriam sinónimo de capitulação.
A VOA ouviu os dois líderes para se inteirar das suas leituras do momento actual em Cabinda.
A facção cabindense da FLEC liderada por Nzita Tiago voltou a propor a realização de conversações com o governo angolano acerca do futuro do território.
27/04/2012
"Luanda1974/1975", de Leonor Figueiredo
27/04/2012 in Angola - Cabinda, Letras e artes - Cultura e Ciência | Permalink|Comments (0)ShareThis
Cerca de 259.000 chineses vivem actualmente em Angola
O número de chineses residentes em Angola, tema de frequente especulação, ronda os 259.000, indicou esta quarta-feira, em Pequim, o director do Serviço angolano de Migração e Estrangeiros, Freitas Neto, reportou a Agência Lusa.
Em declarações à agência noticiosa oficial angolana Angop, Freitas Neto, citado pela Lusa, precisou que “encontram-se actualmente em Angola 258.920 chineses”, 258.391 dos quais com “vistos de trabalho”.
O número habitualmente referido na imprensa chinesa é de “algumas dezenas de milhares”.
CANALMOZ - 27.04.2012
NOTA:
E em Moçambique?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
Em declarações à agência noticiosa oficial angolana Angop, Freitas Neto, citado pela Lusa, precisou que “encontram-se actualmente em Angola 258.920 chineses”, 258.391 dos quais com “vistos de trabalho”.
O número habitualmente referido na imprensa chinesa é de “algumas dezenas de milhares”.
CANALMOZ - 27.04.2012
NOTA:
E em Moçambique?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
22/04/2012
Angola diz que não haverá autoridades de transição em Bissau
Ministro das Relações Exteriores de Angola assume-se como o senhor da situação em Bissau e detalha os próximos passos de saída da crise
O ministro das Relações Exteriores de Angola, Georges Chikoti, disse que dentro de uma semana pode estar aprovada uma resolução do Conselho de Segurança, dando cobertura a um mandato da ONU a uma "força de interposição" multinacional "para a estabilização" da Guiné-Bissau.
Perante os 15 membros do Conselho de Segurança, Chikoti corroborou as declarações do ministro dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau, o qual não só pediu como "implorou" o envio de uma força multinacional com "um vasto mandato e por um período dilatado", uma proposta reforçada igualmente por Portugal.
Chickoti afirmou que não haverá haverá "autoridades transicionais, como nos estão a dizer agora" salientando que existe um Governo cujos membros estão presos e que essas pessoas é que vão continuar a governar a Guiné-Bissau, sendo com elas que que a comunidade internacional vai trabalhar.
O ministro das Relações Exteriores de Angola, Georges Chikoti, disse que dentro de uma semana pode estar aprovada uma resolução do Conselho de Segurança, dando cobertura a um mandato da ONU a uma "força de interposição" multinacional "para a estabilização" da Guiné-Bissau.
Perante os 15 membros do Conselho de Segurança, Chikoti corroborou as declarações do ministro dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau, o qual não só pediu como "implorou" o envio de uma força multinacional com "um vasto mandato e por um período dilatado", uma proposta reforçada igualmente por Portugal.
Chickoti afirmou que não haverá haverá "autoridades transicionais, como nos estão a dizer agora" salientando que existe um Governo cujos membros estão presos e que essas pessoas é que vão continuar a governar a Guiné-Bissau, sendo com elas que que a comunidade internacional vai trabalhar.
22/04/2012 in Angola - Cabinda, CPLP - LUSOFONIA, Guiné - Bissau, Portugal | Permalink|Comments (2)ShareThis
20/04/2012
Angola poderá rever decisão de retirar missão militar
Angola poderá manter o contingente militar que mantém estacionado na Guiné-Bissau, caso se verifiquem "mudanças na atitude das autoridades" guineenses e estiverem reunidas "condições políticas e a legalidade democrática for reposta", noticiou hoje, em Luanda, a agência Angop.
Citando um comunicado do Governo angolano, a Angop salienta que se mantém, contudo, a decisão anunciada há cerca de duas semanas relativamente à retirada da Guiné-Bissau da missão angolana de apoio à reforma do setor militar e de segurança guineense (Missang).
A decisão de pôr fim à Missang foi reiterada na audiência que o Presidente José Eduardo dos Santos deu hoje em Luanda a uma delegação da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), liderada pelo ministro das Relações Exteriores da Costa do Marfim, Daniel Kablan Dancan.
Daniel Kablan Dancan deslocou-se a Luanda em nome do chefe de Estado da Costa do Marfim e presidente em exercício da CEDEAO, Alassane Ouattara.
Citando um comunicado do Governo angolano, a Angop salienta que se mantém, contudo, a decisão anunciada há cerca de duas semanas relativamente à retirada da Guiné-Bissau da missão angolana de apoio à reforma do setor militar e de segurança guineense (Missang).
A decisão de pôr fim à Missang foi reiterada na audiência que o Presidente José Eduardo dos Santos deu hoje em Luanda a uma delegação da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), liderada pelo ministro das Relações Exteriores da Costa do Marfim, Daniel Kablan Dancan.
Daniel Kablan Dancan deslocou-se a Luanda em nome do chefe de Estado da Costa do Marfim e presidente em exercício da CEDEAO, Alassane Ouattara.
MISSANG Sabia sobre os Planos Golpistas na Guiné Bissau
A situação que se vive hoje na Guiné Bissau não surpreendeu as autoridades angolanas. A Missão Militar de Angola (MISSANG) teve acesso, com bastante antecedência, a informações sobre os planos dos militares guineenses para a subversão da ordem democrática, soube o Maka Angola de fonte segura.
A situação agravou-se depois da eleição presidencial, realizada a 18 de Março último e que obrigou a uma segunda volta entre o primeiro-ministro e candidato do PAIGC, Carlos Domingos Gomes Júnior “Cadogo”, e o líder do PRS, o ex-Presidente da República, Kumba Yalá.
Face à iminência de uma vitória de “Cadogo” Jr. no segundo turno das eleições presidenciais, generais das Forças Armadas Guineenses (FAG), supostamente instigados por Kumba Yalá, entenderam inviabilizar o pleito e avançar para um golpe de estado.
A situação agravou-se depois da eleição presidencial, realizada a 18 de Março último e que obrigou a uma segunda volta entre o primeiro-ministro e candidato do PAIGC, Carlos Domingos Gomes Júnior “Cadogo”, e o líder do PRS, o ex-Presidente da República, Kumba Yalá.
Face à iminência de uma vitória de “Cadogo” Jr. no segundo turno das eleições presidenciais, generais das Forças Armadas Guineenses (FAG), supostamente instigados por Kumba Yalá, entenderam inviabilizar o pleito e avançar para um golpe de estado.
19/04/2012
Durão Barroso inicia hoje visita oficial para aprofundar relações políticas e económicas
José Manuel Durão Barroso chega hoje a Luanda para uma visita oficial, a primeira de um presidente da Comissão Europeia a Angola, para aprofundar as relações políticas e económicas entre a União Europeia e Angola.
Um porta-voz do executivo comunitário indicou quarta-feira à Lusa em Bruxelas que, "com a visita a Angola, o presidente (da Comissão) quer expressar o seu apoio às reformas políticas e económicas" realizadas no país e "reconhecer o contributo positivo de Angola, a nível regional e internacional, para a estabilidade e paz".
O outro grande objetivo da visita é promover a UE como uma parceiro estável e fiável de Angola, o que também ganhará forma com um acordo conjunto que está a ser finalizado e deverá ser endossado por Luanda e Bruxelas, "através do qual as partes se comprometem a levar as suas relações para um novo patamar, baseado num diálogo político intenso e cooperação reforçada", acrescentou Alejandro Muñoz.
Um porta-voz do executivo comunitário indicou quarta-feira à Lusa em Bruxelas que, "com a visita a Angola, o presidente (da Comissão) quer expressar o seu apoio às reformas políticas e económicas" realizadas no país e "reconhecer o contributo positivo de Angola, a nível regional e internacional, para a estabilidade e paz".
O outro grande objetivo da visita é promover a UE como uma parceiro estável e fiável de Angola, o que também ganhará forma com um acordo conjunto que está a ser finalizado e deverá ser endossado por Luanda e Bruxelas, "através do qual as partes se comprometem a levar as suas relações para um novo patamar, baseado num diálogo político intenso e cooperação reforçada", acrescentou Alejandro Muñoz.
18/04/2012
Fowler Desvenda Evidências - Carlos Tiago Kandanda
Recentemente o antigo Presidente do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), Embaixador Canadiano, Robert Fowler, esteve em Luanda onde prestou várias declarações sobre o passado e o presente de Angola. O Embaixador Robert Fowler passou a ser muito conhecido devido o papel primordial que ele desempenhou na aplicação de Sanções compreensivas e indiscriminadas contra a UNITA.
O Relatório do Robert Fowler foi de tal sorte indiscriminado ao ponto de incluir nas Listas negras de Sanções, crianças de menos de cinco anos, idosos, estudantes, cidadãos comuns e outras individualidades, muitos dos quais não tinham nada a ver com a UNITA. Só o facto de não aplaudir o Regime de Luanda foi suficiente ser perseguido, a exemplo dos Judeus durante a II Guerra Mundial.
Essa gente inocente e de boa-fé tivera sido privada de viajar, estudar, trabalhar e ter acesso aos serviços públicos de saúde. Acima disso, não tinham direito de se defender nos tribunais, de se exprimir livremente e de residir no Exterior. Eram caçados como criminosos, detidos e encarcerados sem culpas formadas. Todos esses direitos e liberdades estão expressamente consagrados na Declaração Universal dos Direitos do Homem, de 10 de Dezembro de 1948, parte integrante do Direito Internacional, “defendido” pelas Nações Unidas.
O Relatório do Robert Fowler foi de tal sorte indiscriminado ao ponto de incluir nas Listas negras de Sanções, crianças de menos de cinco anos, idosos, estudantes, cidadãos comuns e outras individualidades, muitos dos quais não tinham nada a ver com a UNITA. Só o facto de não aplaudir o Regime de Luanda foi suficiente ser perseguido, a exemplo dos Judeus durante a II Guerra Mundial.
Essa gente inocente e de boa-fé tivera sido privada de viajar, estudar, trabalhar e ter acesso aos serviços públicos de saúde. Acima disso, não tinham direito de se defender nos tribunais, de se exprimir livremente e de residir no Exterior. Eram caçados como criminosos, detidos e encarcerados sem culpas formadas. Todos esses direitos e liberdades estão expressamente consagrados na Declaração Universal dos Direitos do Homem, de 10 de Dezembro de 1948, parte integrante do Direito Internacional, “defendido” pelas Nações Unidas.
Acordo com a China para substituir hospital que ameaçava ruir
Angola e a China assinaram hoje um memorando para construção de um novo hospital, que substituirá o construído em 2006 por empresas chinesas e que foi encerrado quatro anos depois por ameaçar ruir, noticiou hoje a agência Angop.
O memorando de entendimento que formaliza a intenção de uma cooperação para a revisão do plano de construção do projeto de reabilitação, construção e ampliação do novo Hospital Geral de Luanda, foi assinado em Pequim.
Segundo o documento citado pela Angop, o novo edifício, a inaugurar em julho de 2014, terá capacidade para 250 camas e substituirá o anterior, construído no mesmo local, em Talatona, sul de Luanda, em 2006, com um custo de oito milhões de dólares (cerca de 6,1 milhões de euros) e encerrado quatro anos depois de terem sido descobertas graves deficiências na sua construção, com risco de desmoronamento.
O memorando de entendimento que formaliza a intenção de uma cooperação para a revisão do plano de construção do projeto de reabilitação, construção e ampliação do novo Hospital Geral de Luanda, foi assinado em Pequim.
Segundo o documento citado pela Angop, o novo edifício, a inaugurar em julho de 2014, terá capacidade para 250 camas e substituirá o anterior, construído no mesmo local, em Talatona, sul de Luanda, em 2006, com um custo de oito milhões de dólares (cerca de 6,1 milhões de euros) e encerrado quatro anos depois de terem sido descobertas graves deficiências na sua construção, com risco de desmoronamento.
12/04/2012
Angola retira militares da Guiné-Bissau
Ministro Georges Chicoti disse que foram assinados acordos entre dois governos, e que agora ambos têm de sentar e avaliar a cooperação e tomar as decisões que se impõem à situação.
O ministro angolano das Relações Exteriores, Georges Chicoti, anunciou ontem (10), em Bissau, o fim da Missão de Cooperação Técnico-Militar de Angola na Guiné-Bissau (MISSANG), enviada em 2011 com vista a apoiar a reforma do setor da defesa e segurança neste país lusófono da África Ocidental.
Após audiências com o Presidente interino da Guiné-Bissau, Raimundo Pereira, e outros membros do Governo, Chicoti disse à imprensa que a MISSANG, composta por cerca de 200 efetivos, vai retirar-se em resposta às solicitações de “alguns sectores” guineenses, que não especificou.
"Há algumas pessoas que não estão satisfeitas com a cooperação entre Angola e a Guiné-Bissau. Todos os aspetos têm de ser devidamente avaliados entre os dois governos. Foram assinados acordos entre dois governos responsáveis, pois chegados a este ponto temos que nos sentar e avaliar a nossa cooperação e tomar as decisões que se impõem", disse o chefe da diplomacia angolana.
O ministro angolano das Relações Exteriores, Georges Chicoti, anunciou ontem (10), em Bissau, o fim da Missão de Cooperação Técnico-Militar de Angola na Guiné-Bissau (MISSANG), enviada em 2011 com vista a apoiar a reforma do setor da defesa e segurança neste país lusófono da África Ocidental.
Após audiências com o Presidente interino da Guiné-Bissau, Raimundo Pereira, e outros membros do Governo, Chicoti disse à imprensa que a MISSANG, composta por cerca de 200 efetivos, vai retirar-se em resposta às solicitações de “alguns sectores” guineenses, que não especificou.
"Há algumas pessoas que não estão satisfeitas com a cooperação entre Angola e a Guiné-Bissau. Todos os aspetos têm de ser devidamente avaliados entre os dois governos. Foram assinados acordos entre dois governos responsáveis, pois chegados a este ponto temos que nos sentar e avaliar a nossa cooperação e tomar as decisões que se impõem", disse o chefe da diplomacia angolana.
09/04/2012
Angola acabou com Missang, dizem FA, que negam qualquer responsabilidade
O Presidente angolano decidiu pôr fim à missão militar que tinha na Guiné-Bissau, a Missang, disseram hoje as Forças Armadas (FA) guineenses, negando ter qualquer responsabilidade nessa decisão.
No dia em que chega a Bissau o ministro das Relações Exteriores de Angola, Georges Chicoti, o porta-voz das FA da Guiné-Bissau, o tenente-coronel Dabana na Walna, deu uma conferência de imprensa para esclarecer a posição dos militares sobre a polémica que tem envolvido a Missang.
Na semana passada, no dia 03, o ministro da Defesa de Angola, Cândido Pereira Van-Dúnem, fez uma visita a Bissau para entregar ao Presidente interino, Raimundo Pereira, uma mensagem de José Eduardo dos Santos, cujo teor não foi divulgado, mas que se prendia com a Missang.
LUSA – 09.04.2012
No dia em que chega a Bissau o ministro das Relações Exteriores de Angola, Georges Chicoti, o porta-voz das FA da Guiné-Bissau, o tenente-coronel Dabana na Walna, deu uma conferência de imprensa para esclarecer a posição dos militares sobre a polémica que tem envolvido a Missang.
Na semana passada, no dia 03, o ministro da Defesa de Angola, Cândido Pereira Van-Dúnem, fez uma visita a Bissau para entregar ao Presidente interino, Raimundo Pereira, uma mensagem de José Eduardo dos Santos, cujo teor não foi divulgado, mas que se prendia com a Missang.
LUSA – 09.04.2012
08/04/2012
DO MONOPARTIDARISMO À TRANSIÇÃO DEMOCRÁTICA EM ANGOLA, de Pedro Fernandes Chimanda (2010)
Introdução
A nossa dissertação desenvolve o tema “DO MONOPARTIDARISMO À TRANSIÇÃO DEMOCRÁTICA EM ANGOLA”. Pretendemos discutir a questão da emergência e a abordagem da democracia, enquanto instrumento de desenvolvimento e governação transparente, e a constituição de um Estado de direito democrático. O principal objectivo da nossa reflexão é contribuir para a edificação de um discurso despretensioso, que na presente situação política, social e económica dos países africanos pós-colonial possa ajudar a alargar os horizontes de todos quantos se interessam por construir sociedades verdadeiramente democráticas, num continente onde o défice democrático é relativamente elevado, constituindo o maior desafio ao desenvolvimento de África no seu todo.
Leia em
Download DoMonopartidarismoàTransiçãoDemocráticaemAngola
A nossa dissertação desenvolve o tema “DO MONOPARTIDARISMO À TRANSIÇÃO DEMOCRÁTICA EM ANGOLA”. Pretendemos discutir a questão da emergência e a abordagem da democracia, enquanto instrumento de desenvolvimento e governação transparente, e a constituição de um Estado de direito democrático. O principal objectivo da nossa reflexão é contribuir para a edificação de um discurso despretensioso, que na presente situação política, social e económica dos países africanos pós-colonial possa ajudar a alargar os horizontes de todos quantos se interessam por construir sociedades verdadeiramente democráticas, num continente onde o défice democrático é relativamente elevado, constituindo o maior desafio ao desenvolvimento de África no seu todo.
Leia em
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08/04/2012 in Angola - Cabinda, História, Letras e artes - Cultura e Ciência | Permalink|Comments (0)ShareThis
"Angola, os Brancos e a Independência, de Fernando Tavares Pimenta (2008)
08/04/2012 in Angola - Cabinda, História, Letras e artes - Cultura e Ciência | Permalink|Comments (8)ShareThis
07/04/2012
Victor Bout e um Pouco Mais...
Meu Caro Irmão,
Infelizmente já morreste.
Vi-te em 2002, estava eu de partida para Luanda, pronto para por a cabeça no cepo, em nome da Paz, quando te encontrei, inesperadamente, bem perto da Estefânia, sentado numa pequena esplanada, ar perdido.
E de ar perdido fiquei também, como seria possível ver-te aqui, preso que tinhas sido, nas últimas refregas angolanas, bem em cima do 4 de Abril.
Abraçamo-nos mas tu tremias todo, e não paravas de olhar em volta como se estivesses a temer que algo bem mau te acontecesse...
Mais tarde disseram-me que sofreste bastante, na tortura, tu que eras um dos homens dos diamantes da UNITA e que morreste pobre tal qual viveste.
Infelizmente já morreste.
Vi-te em 2002, estava eu de partida para Luanda, pronto para por a cabeça no cepo, em nome da Paz, quando te encontrei, inesperadamente, bem perto da Estefânia, sentado numa pequena esplanada, ar perdido.
E de ar perdido fiquei também, como seria possível ver-te aqui, preso que tinhas sido, nas últimas refregas angolanas, bem em cima do 4 de Abril.
Abraçamo-nos mas tu tremias todo, e não paravas de olhar em volta como se estivesses a temer que algo bem mau te acontecesse...
Mais tarde disseram-me que sofreste bastante, na tortura, tu que eras um dos homens dos diamantes da UNITA e que morreste pobre tal qual viveste.
"A música tem mais peso do que a oposição" -- 'rapper' MCK
A repressão governamental aumentou em 2011, mas ainda vai subir mais de tom neste ano eleitoral, antecipa o "rapper" MCK, assinalando que, em Angola, "a música tem mais peso do que a oposição".
A música "desperta consciências" e é "mais facilmente digerida pelas pessoas, porque não tem cunhos partidários", diz o músico de 30 anos, uma das pessoas com quem a chanceler alemã, Angela Merkel, pediu para falar sobre a situação em Angola, quando visitou este país, em julho do ano passado.
Lembrando que "a música, em África, sempre foi utilizada como uma ferramenta de luta", MCK (também conhecido como Kapa) frisa que a liberdade de expressão em Angola "é aparente, nominal, só existe nos papéis". É isto -- diz - que tem levado os jovens a manifestarem-se.
"A Constituição é clara, diz que as manifestações carecem apenas de prévia autorização. Os manifestantes sempre obedeceram a isso", destaca, frisando que os acontecimentos de 09 e 10 de março - quando manifestações antigovernamentais em Luanda e Benguela foram impedidas por indivíduos com armas brancas, cabos elétricos, paus e barras de ferro, que espancaram e feriram vários dos organizadores - revelaram "desrespeito total" pela lei fundamental, "com o patrocínio do Estado".
A música "desperta consciências" e é "mais facilmente digerida pelas pessoas, porque não tem cunhos partidários", diz o músico de 30 anos, uma das pessoas com quem a chanceler alemã, Angela Merkel, pediu para falar sobre a situação em Angola, quando visitou este país, em julho do ano passado.
Lembrando que "a música, em África, sempre foi utilizada como uma ferramenta de luta", MCK (também conhecido como Kapa) frisa que a liberdade de expressão em Angola "é aparente, nominal, só existe nos papéis". É isto -- diz - que tem levado os jovens a manifestarem-se.
"A Constituição é clara, diz que as manifestações carecem apenas de prévia autorização. Os manifestantes sempre obedeceram a isso", destaca, frisando que os acontecimentos de 09 e 10 de março - quando manifestações antigovernamentais em Luanda e Benguela foram impedidas por indivíduos com armas brancas, cabos elétricos, paus e barras de ferro, que espancaram e feriram vários dos organizadores - revelaram "desrespeito total" pela lei fundamental, "com o patrocínio do Estado".
Líder histórico dos rebeldes de Cabinda oferece cessar-fogo e propõe conversações de paz a Luanda
Henriques N'zita Tiago, líder histórico da Frente de Libertação do Estado de Cabinda (FLEC), propôs às autoridades angolanas conversações para uma solução definitiva para o território, palco de instabilidade militar desde 1975, disse hoje à Lusa fonte dos rebeldes.
Oswaldo Franque Buela, porta-voz e secretário para a Informação e Comunicação da FLEC, contactado telefonicamente a partir de Luanda, confirmou à Lusa que Henriques N'zita Tiago nomeou a angolana Khendhrah Silverbridge, que possui nacionalidade norte-americana, como sua representante para conversações com Luanda.
A proposta de conversações, acompanhada de uma promessa de cessar-fogo, foi feita numa carta enviada quarta-feira ao general Helder Vieira Dias "Kopelipa", ministro de Estado e chefe da Casa Militar do Presidente José Eduardo dos Santos.
"O Presidente N'Zita Tiago nomeou a senhora Khendhrah Silverbridge e o objetivo é garantir a paz e o respeito pelos direitos humanos", disse Oswaldo Franque Buela à Lusa.
Oswaldo Franque Buela, porta-voz e secretário para a Informação e Comunicação da FLEC, contactado telefonicamente a partir de Luanda, confirmou à Lusa que Henriques N'zita Tiago nomeou a angolana Khendhrah Silverbridge, que possui nacionalidade norte-americana, como sua representante para conversações com Luanda.
A proposta de conversações, acompanhada de uma promessa de cessar-fogo, foi feita numa carta enviada quarta-feira ao general Helder Vieira Dias "Kopelipa", ministro de Estado e chefe da Casa Militar do Presidente José Eduardo dos Santos.
"O Presidente N'Zita Tiago nomeou a senhora Khendhrah Silverbridge e o objetivo é garantir a paz e o respeito pelos direitos humanos", disse Oswaldo Franque Buela à Lusa.
31/03/2012
Movimento das Lundas queixa-se a instâncias internacionais
Dirigentes tradicionais presos após visita de Eduardo dos Santos continuam detidos
A Comissão do Protectorado da Lunda que reivindica autonomia da região apresentou uma queixa contra o governo angolano em instâncias internacionais, disse o presidente do movimento José Mateus Zecamutchima.
Numa entrevista á Voz da América, Zecamutchima disse que processo é "abrangente" visando em primeiro lugar " a defesa e protecção de todos os nossos membros", bemo como a questão de vários activistas que estão presos e ainda "a questão geral da autonomia das lundas".
Os processos foram entregues a tribunais internacionais e ainda á ONU e União Africana.
A Comissão do Protectorado da Lunda que reivindica autonomia da região apresentou uma queixa contra o governo angolano em instâncias internacionais, disse o presidente do movimento José Mateus Zecamutchima.
Numa entrevista á Voz da América, Zecamutchima disse que processo é "abrangente" visando em primeiro lugar " a defesa e protecção de todos os nossos membros", bemo como a questão de vários activistas que estão presos e ainda "a questão geral da autonomia das lundas".
Os processos foram entregues a tribunais internacionais e ainda á ONU e União Africana.
28/03/2012
UNITA dá prazo ao Governo senão falará a partir de manifestações de rua
A UNITA, maior partido da oposição angolana, deu hoje um prazo ao Governo para garantir que a organização das eleições gerais de setembro seja "transparente" e "conforme a lei", senão far-se-á ouvir a partir de manifestações de rua.
O prazo, que vai até meados de abril, quando se espera pela decisão do Tribunal Supremo ao recurso suscitado pela UNITA contra a nomeação de Suzana Inglês para a presidência da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), foi hoje apresentado pelo presidente do partido, Isaías Samakuva, em conferência de imprensa.
"Iremos prosseguir a via do diálogo para colocar o processo [eleitoral] sobre carris, quer a nível do Parlamento, quer a nível do Executivo, quer a nível do Tribunal Supremo. Porém, esse diálogo tem limites e tem prazo. Tudo tem de estar transparente e conforme a lei antes da convocação das eleições", salientou Isaías Samakuva.
O líder da UNITA vincou que, no caso de se verificar que "o diálogo institucional não é suficiente para induzir o MPLA [partido no poder] a respeitar as leis que ele mesmo aprovou", o seu partido irá "começar a nível nacional uma série de manifestações pacíficas, sob diversas formas", para garantir "que em 2012, o MPLA devolva de facto o poder ao povo de maneira ordeira e civilizada".
O prazo, que vai até meados de abril, quando se espera pela decisão do Tribunal Supremo ao recurso suscitado pela UNITA contra a nomeação de Suzana Inglês para a presidência da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), foi hoje apresentado pelo presidente do partido, Isaías Samakuva, em conferência de imprensa.
"Iremos prosseguir a via do diálogo para colocar o processo [eleitoral] sobre carris, quer a nível do Parlamento, quer a nível do Executivo, quer a nível do Tribunal Supremo. Porém, esse diálogo tem limites e tem prazo. Tudo tem de estar transparente e conforme a lei antes da convocação das eleições", salientou Isaías Samakuva.
O líder da UNITA vincou que, no caso de se verificar que "o diálogo institucional não é suficiente para induzir o MPLA [partido no poder] a respeitar as leis que ele mesmo aprovou", o seu partido irá "começar a nível nacional uma série de manifestações pacíficas, sob diversas formas", para garantir "que em 2012, o MPLA devolva de facto o poder ao povo de maneira ordeira e civilizada".
Luanda quer ver contribuições das suas línguas nacionais no Acordo Ortográfico
Angola, que ainda não ratificou o Acordo Ortográfico, quer ver nele grafadas as contribuições das suas línguas nacionais, à semelhança do que fizeram já alguns Estados da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
A reunião de peritos, que antecede o encontro dos ministros da Educação da CPLP, que tem como objetivo analisar a questão de implementação do acordo, tem lugar na quarta e quinta-feira, em Luanda. A reunião ministerial acontece na sexta-feira.
Portugal estará representado na reunião pelo ministro da Educação, Nuno Crato, que chega a Luanda na quarta-feira de manhã.
Neste encontro, Angola pretende ver acautelada além da grafia, a questão de implementação do acordo no seu sistema educativo.
A reunião de peritos, que antecede o encontro dos ministros da Educação da CPLP, que tem como objetivo analisar a questão de implementação do acordo, tem lugar na quarta e quinta-feira, em Luanda. A reunião ministerial acontece na sexta-feira.
Portugal estará representado na reunião pelo ministro da Educação, Nuno Crato, que chega a Luanda na quarta-feira de manhã.
Neste encontro, Angola pretende ver acautelada além da grafia, a questão de implementação do acordo no seu sistema educativo.
27/03/2012
Trabalhadores do Caminho-de-Ferro de Luanda mantêm greve por tempo indeterminado
Trabalhadores do Caminho-de-Ferro de Luanda (CFL), há oito dias em greve, rejeitaram hoje o pedido da direção no sentido de retomarem as atividades, sob a promessa de verem as suas reivindicações atendidas dentro de 45 dias.
As reclamações dos cerca de 400 operários do CFL em greve datam já de há algum tempo e estão na sua base o pagamento do reajuste dos seus salários em mais de 100 por cento, seguro de saúde, a funcionalidade do posto médico, melhores condições de trabalho, subsídios de percurso dos cobradores de bilhetes e de funeral dos trabalhadores e familiares.
Em declarações à Agência Lusa, o secretário da Comissão Sindical, Silas José, disse que os trabalhadores exigem também o pagamento de três meses de retroativos, a partir de novembro de 2011.
Na assembleia de trabalhadores de hoje, grevistas deixaram vincado que não retomarão aos trabalhos enquanto não for resolvido problema.
As reclamações dos cerca de 400 operários do CFL em greve datam já de há algum tempo e estão na sua base o pagamento do reajuste dos seus salários em mais de 100 por cento, seguro de saúde, a funcionalidade do posto médico, melhores condições de trabalho, subsídios de percurso dos cobradores de bilhetes e de funeral dos trabalhadores e familiares.
Em declarações à Agência Lusa, o secretário da Comissão Sindical, Silas José, disse que os trabalhadores exigem também o pagamento de três meses de retroativos, a partir de novembro de 2011.
Na assembleia de trabalhadores de hoje, grevistas deixaram vincado que não retomarão aos trabalhos enquanto não for resolvido problema.
18/03/2012
ANGOLA CONFIRMA A VALIDADE DA TESE BÍBLICA DE QUE OS ÚLTIMOS PODEM SER OS PRIMEIROS
A tese bíblica de que os primeiros serão os últimos e os últimos os primeiros, está a confirmar-se como verdadeira no que tange ao desenvolvimento socio-económico deste enormíssimo país ligado a Moçambique por laços históricos inquebrantáveis.
Com efeito, Angola registou nos últimos 10 anos de paz efectiva um desenvolvimento tão acelerado que a catapultou para um nível tal que faz com que os que a visitam não se apercebam que há uma década era um país que jorrava sangue das feridas que uma guerra fratricida a tinha causado e muito menos que a maioria das suas cidades haviam sido reduzidas a ruínas calcinadas.
Como que inspirando-se na China que se modernizou em apenas 30 anos, também os angolanos protagonizaram o milagre de não só reconstruir todas as suas cidades e tudo o resto que a guerra de Savimbi e do seu então aliado apartheid haviam destruído, como foram mais longe, construindo novas e majestosas urbes, na sua maioria apenas nos últimos cinco ou mesmo dois anos. Na verdade, Angola é o mesmo país, mas com uma nova e mais bela face e dinâmica e que tudo indica que será uma nova potência africana como é a Africa do Sul. Em Angola, tudo está sendo feito para tornar este país num dos mais desenvolvidos e um dos que integrará a lista dos mais avançados em todas as áreas.
Com efeito, Angola registou nos últimos 10 anos de paz efectiva um desenvolvimento tão acelerado que a catapultou para um nível tal que faz com que os que a visitam não se apercebam que há uma década era um país que jorrava sangue das feridas que uma guerra fratricida a tinha causado e muito menos que a maioria das suas cidades haviam sido reduzidas a ruínas calcinadas.
Como que inspirando-se na China que se modernizou em apenas 30 anos, também os angolanos protagonizaram o milagre de não só reconstruir todas as suas cidades e tudo o resto que a guerra de Savimbi e do seu então aliado apartheid haviam destruído, como foram mais longe, construindo novas e majestosas urbes, na sua maioria apenas nos últimos cinco ou mesmo dois anos. Na verdade, Angola é o mesmo país, mas com uma nova e mais bela face e dinâmica e que tudo indica que será uma nova potência africana como é a Africa do Sul. Em Angola, tudo está sendo feito para tornar este país num dos mais desenvolvidos e um dos que integrará a lista dos mais avançados em todas as áreas.
13/03/2012
Quem manda e no quê na Democratura?
Canal de Opinião por Eugénio Almeida
Angola
Existe um país que tem tanto de belo e rico, como de enigmático.
Esse país fica algures no continente genésico da vida e de todos os mistérios.
Governado por um técnico de um dos seus mais geradores de receitas, líder incontestado do seu partido, que, por sua vez, manda e domina no país há cerca de 40 anos, esse belo país vive um forte momento de Democratura!
Democratura não porque o seu líder não seja um verdadeiro democrata – tem de sê-lo, porque todos os líderes ocidentais o serviliam e bajulam a sua liderança e a sua defesa de Democracia – mas porque existem alguns indivíduos que se arrogam de protectores da sua imagem e atestam, forte e feio, sobre todos os que pensam em questioná-lo.
Aconteceu isso há uns meses e voltou a acontecer isso, este fim-de-semana.
O interessante é que tirando uma pequena nota de uma agência de um dos países que mais tem aproveitado dos fundos gerados pela seu (dele, claro) principal fonte de receitas – por onde andava a representação televisiva deste país receptor – só as fontes estrangeiras e as páginas sociais fizeram eco dos distúrbios levados a efeito por energúmenos jovens, mulheres, e políticos oposicionistas que decidiram ir armados de vozes e palavras de ordem!
Leia em http://www.canalmoz.co.mz/hoje/21511-quem-manda-e-no-que-na-democratura.html
Angola
Existe um país que tem tanto de belo e rico, como de enigmático.
Esse país fica algures no continente genésico da vida e de todos os mistérios.
Governado por um técnico de um dos seus mais geradores de receitas, líder incontestado do seu partido, que, por sua vez, manda e domina no país há cerca de 40 anos, esse belo país vive um forte momento de Democratura!
Democratura não porque o seu líder não seja um verdadeiro democrata – tem de sê-lo, porque todos os líderes ocidentais o serviliam e bajulam a sua liderança e a sua defesa de Democracia – mas porque existem alguns indivíduos que se arrogam de protectores da sua imagem e atestam, forte e feio, sobre todos os que pensam em questioná-lo.
Aconteceu isso há uns meses e voltou a acontecer isso, este fim-de-semana.
O interessante é que tirando uma pequena nota de uma agência de um dos países que mais tem aproveitado dos fundos gerados pela seu (dele, claro) principal fonte de receitas – por onde andava a representação televisiva deste país receptor – só as fontes estrangeiras e as páginas sociais fizeram eco dos distúrbios levados a efeito por energúmenos jovens, mulheres, e políticos oposicionistas que decidiram ir armados de vozes e palavras de ordem!
Leia em http://www.canalmoz.co.mz/hoje/21511-quem-manda-e-no-que-na-democratura.html
12/03/2012
Semanário privado Folha 8 alvo de ação judicial com apreensão de material informático
O semanário privado angolano Folha 8 foi hoje alvo em Luanda de uma ação judicial que levou à apreensão de material informático, disse à Lusa o diretor da publicação.
William Tonet considerou a ação, levada a cabo por funcionários da Direção Nacional de Investigação Criminal, com mandado judicial da Procuradoria-Geral da República, como "um ataque ao que resta da imprensa privada não subjugada ao regime de José Eduardo dos Santos".
Em causa está o processo de investigação aberto em dezembro de 2011 pelo Ministério Público, na sequência da publicação de uma fotomontagem em que aparecem identificados o Presidente José Eduardo dos Santos, o vice-presidente Fernando Piedade Dias dos Santos e o ministro de Estado e chefe da Casa Militar da Presidência da República, general Hélder Vieira Dias "Kopelipa".
O diretor do Folha 8 disse ainda à Lusa que a medida da PGR é "injustificável", porquanto o arguido no processo em curso é ele e não o jornal, levando-o a considerar que a apreensão visa impedir a publicação de continuar a sair.
William Tonet considerou a ação, levada a cabo por funcionários da Direção Nacional de Investigação Criminal, com mandado judicial da Procuradoria-Geral da República, como "um ataque ao que resta da imprensa privada não subjugada ao regime de José Eduardo dos Santos".
Em causa está o processo de investigação aberto em dezembro de 2011 pelo Ministério Público, na sequência da publicação de uma fotomontagem em que aparecem identificados o Presidente José Eduardo dos Santos, o vice-presidente Fernando Piedade Dias dos Santos e o ministro de Estado e chefe da Casa Militar da Presidência da República, general Hélder Vieira Dias "Kopelipa".
O diretor do Folha 8 disse ainda à Lusa que a medida da PGR é "injustificável", porquanto o arguido no processo em curso é ele e não o jornal, levando-o a considerar que a apreensão visa impedir a publicação de continuar a sair.
10/03/2012
"O que aconteceu hoje em Luanda é um exemplo de barbárie" -- Abel Chivukuvuku
O antigo dirigente da UNITA Abel Chivukuvuku, que apresenta na próxima quarta-feira em Luanda o seu projeto político para as eleições gerais de setembro em Angola, disse hoje à Lusa que o que aconteceu neste sábado na capital angolana "foi uma barbárie".
"Barbárie. O que aconteceu hoje foi uma barbárie. Há um único responsável, que é o Presidente José Eduardo dos Santos", frisou em declarações à Lusa, na Clínica Vida, onde se deslocou para se inteirar do estado do economista Filomeno Vieira Lopes, secretário-geral do Bloco Democrático e agredido hoje à margem da frustrada manifestação antigovernamental na capital angolana.
Chocado com o sucedido, Abel Chivukuvuku salientou que se for preciso juntar manifestações de rua à ação política que se propõe encabeçar, o irá fazer.
"Vim aqui prestar a minha solidariedade a Filomeno Vieira Lopes. Se for preciso ir para a rua vamos fazê-lo, mas de forma organizada", acentuou.
Antigo líder parlamentar da UNITA e importante dirigente daquele partido da oposição, Chivukuvuku disse à Lusa que apresenta quarta-feira de manhã, num hotel da capital angolana, o seu projeto político que passa pelas eleições gerais de setembro, e sobre o qual se escusou dar mais pormenores.
O projeto político de Abel Chivukuvuku passa pela criação de uma convergência de partidos e grupos de cidadãos, à frente do qual se apresenta às eleições presidenciais indiretas.
Segundo a Constituição angolana, o primeiro nome da lista partidária mais votada é automaticamente designado Presidente da República.
EL.
Lusa – 10.03.2012
"Barbárie. O que aconteceu hoje foi uma barbárie. Há um único responsável, que é o Presidente José Eduardo dos Santos", frisou em declarações à Lusa, na Clínica Vida, onde se deslocou para se inteirar do estado do economista Filomeno Vieira Lopes, secretário-geral do Bloco Democrático e agredido hoje à margem da frustrada manifestação antigovernamental na capital angolana.
Chocado com o sucedido, Abel Chivukuvuku salientou que se for preciso juntar manifestações de rua à ação política que se propõe encabeçar, o irá fazer.
"Vim aqui prestar a minha solidariedade a Filomeno Vieira Lopes. Se for preciso ir para a rua vamos fazê-lo, mas de forma organizada", acentuou.
Antigo líder parlamentar da UNITA e importante dirigente daquele partido da oposição, Chivukuvuku disse à Lusa que apresenta quarta-feira de manhã, num hotel da capital angolana, o seu projeto político que passa pelas eleições gerais de setembro, e sobre o qual se escusou dar mais pormenores.
O projeto político de Abel Chivukuvuku passa pela criação de uma convergência de partidos e grupos de cidadãos, à frente do qual se apresenta às eleições presidenciais indiretas.
Segundo a Constituição angolana, o primeiro nome da lista partidária mais votada é automaticamente designado Presidente da República.
EL.
Lusa – 10.03.2012
Primeira tentativa de concentração dos manifestantes em Luanda corrida à bastonada pela polícia
A primeira tentativa de concentração para a manifestação antigovernamental marcada para hoje em Luanda foi corrida à bastonada pela polícia, disse à Lusa um dos organizadores.
"Tivemos que dispersar, porque logo que nos começámos a concentrar, a polícia, e civis que consideramos serem agentes à paisana, começaram a bater e a prender", disse Adolfo Campos.
A carga policial provocou pelo menos um ferido, Luaty Beirão, o conhecido "rapper" Ikonoclasta com ferimentos da cabeça e número indeterminado de detidos, acrescentou Adolfo Campos.
LUSA – 10.03.2012
"Tivemos que dispersar, porque logo que nos começámos a concentrar, a polícia, e civis que consideramos serem agentes à paisana, começaram a bater e a prender", disse Adolfo Campos.
A carga policial provocou pelo menos um ferido, Luaty Beirão, o conhecido "rapper" Ikonoclasta com ferimentos da cabeça e número indeterminado de detidos, acrescentou Adolfo Campos.
LUSA – 10.03.2012
08/03/2012
Luanda palco de novos protestos
A CAPITAL angolana, Luanda, volta amanhã a ser palco de uma manifestação antigovernamental, convocada pelo autodenominado Movimento Revolucionário Estudantil, para exigir o afastamento da Presidente da Comissão Nacional Eleitoral e a demissão do chefe de Estado José Eduardo dos Santos, disse à Lusa fonte da organização.
Maputo, Sexta-Feira, 9 de Março de 2012:: Notícias
Mário Domingos, contactado telefonicamente pela Lusa a partir de Lisboa, disse que a manifestação inicia com uma concentração no município do Cazenga, seguindo-se uma marcha até à Praça da Independência, e depois até à Cidade Alta, no coração de Luanda, onde se localiza a residência oficial do Presidente da República.
“A continuação de Suzana Inglês à frente da CNE não garante eleições livres nem justas e é para exigir o seu afastamento que nos vamos manifestar nas ruas. Vamos também exigir a demissão de José Eduardo dos Santos, Presidente não eleito e há 32 anos no poder”, sublinhou.
“A continuação de Suzana Inglês à frente da CNE não garante eleições livres nem justas e é para exigir o seu afastamento que nos vamos manifestar nas ruas. Vamos também exigir a demissão de José Eduardo dos Santos, Presidente não eleito e há 32 anos no poder”, sublinhou.
05/03/2012
Justiça angolana inicia investigação criminal a generais
Num caso sem precedentes em Angola, a Procuradoria-Geral da República começou a ouvir um caso em que estão envolvidas altas patentes militares acusadas de implicação em actos de tortura e em assassinatos.
Rafael Marques no edifício da Procuradoria Geral da República, depois de ter apresentado a queixa-crime (14 Nov 2011)
As dez primeiras testemunhas notificadas pela Procuradoria Geral da República (PGR) começaram, na segunda-feira, a prestar depoimentos num caso em que altas patentes militares angolanas estão, alegadamente, envolvias, em actos de tortura e assassinatos na região diamantífera das Lundas, nordeste de Angola.
A audição destes cidadãos, feita pela Direcção Nacional de Investigação e Acção Penal da PGR, resulta de uma queixa-crime apresentada, a 14 de Novembro de 2011, ao Procurador-Geral da República pelo jornalista e investigador independente, Rafael Marques de Morais.
Desde 2004 que o autor da queixa tem investigado abusos contra os direitos humanos ligados à indústria diamantífera. Entre os responsáveis citados na queixa apresentada por Rafael Marques, consta o general Manuel Hélder Vieira Dias “Kopelipa", ministro de Estado e Chefe da Casa Militar do Presidente da República. Também são citados os generais António dos Santos França Ndalu, João de Matos, antigo chefe do Estado Maior, e Armando da Cruz Neto.
Rafael Marques no edifício da Procuradoria Geral da República, depois de ter apresentado a queixa-crime (14 Nov 2011)
As dez primeiras testemunhas notificadas pela Procuradoria Geral da República (PGR) começaram, na segunda-feira, a prestar depoimentos num caso em que altas patentes militares angolanas estão, alegadamente, envolvias, em actos de tortura e assassinatos na região diamantífera das Lundas, nordeste de Angola.
A audição destes cidadãos, feita pela Direcção Nacional de Investigação e Acção Penal da PGR, resulta de uma queixa-crime apresentada, a 14 de Novembro de 2011, ao Procurador-Geral da República pelo jornalista e investigador independente, Rafael Marques de Morais.
Desde 2004 que o autor da queixa tem investigado abusos contra os direitos humanos ligados à indústria diamantífera. Entre os responsáveis citados na queixa apresentada por Rafael Marques, consta o general Manuel Hélder Vieira Dias “Kopelipa", ministro de Estado e Chefe da Casa Militar do Presidente da República. Também são citados os generais António dos Santos França Ndalu, João de Matos, antigo chefe do Estado Maior, e Armando da Cruz Neto.
24/02/2012
A História não perdoa…Jonas Malheiro Savimbi – Um Homem nada pequeno
A 22 de Fevereiro de 2012 completaram-se dez anos sobre a data em que Jonas Malheiro Savimbi foi morto às mãos daqueles a quem mais combateu. Foi morto com ajudas tecnológicas múltiplas que tinham a marca de Israel e dos Estados Unidos, países de quem, em tempos, fora amigo. As mãos que o abateram eram, de facto, angolanas, mas os meios que o “descobriram” e passaram a informação… não o eram tanto assim.
Corria o ano de 1974. Logo após o 25 de Abril, para aí em Junho de 1974, quando os democratas militares (?) já tinham saneado o então Director da Emissora Oficial de Angola, Oliveira Pires – que anda por Lisboa a curtir saudades – coube-me a mim, à frente da Informação da EO, pôr a máquina a funcionar para ir à procura dos líderes dos (então) movimentos de Libertação. A Agostinho Neto era fácil, porque ele falava muito de si e, por essa altura, até estava em Toronto, no Canadá. A Holden Roberto bastaria demandar o presidente Mobutu, do Zaire, e fazer a pergunta. Ele sabia, sempre, onde ele estava.
Corria o ano de 1974. Logo após o 25 de Abril, para aí em Junho de 1974, quando os democratas militares (?) já tinham saneado o então Director da Emissora Oficial de Angola, Oliveira Pires – que anda por Lisboa a curtir saudades – coube-me a mim, à frente da Informação da EO, pôr a máquina a funcionar para ir à procura dos líderes dos (então) movimentos de Libertação. A Agostinho Neto era fácil, porque ele falava muito de si e, por essa altura, até estava em Toronto, no Canadá. A Holden Roberto bastaria demandar o presidente Mobutu, do Zaire, e fazer a pergunta. Ele sabia, sempre, onde ele estava.
23/02/2012
Movimento pela autonomia e independência de Cabinda reestrutura-se
Na Europa
A FLEC reiterou também a vontade de uma “solução negociada” para o conflito em Cabinda, já solicitada por Nzita Tiago ao Chefe de Estado angolano, José Eduardo do Santos.
A direcção política da Frente de Libertação do Estado de Cabinda (FLEC), que luta por separar-se de Angola, reuniu a 15 e 16 de Fevereiro, nos arredores de Paris, com o objectivo de avaliar “a repetição das múltiplas crises” no interior do movimento e formular uma “restruturação” do movimento.
Segundo o comunicado final, a direcção política da FLEC afirma que para “pôr fim a tudo e qualquer tipo de anarquia e oportunismo dentro do movimento de libertação, e promover o processo de reunificação e estruturação em curso, engajado desde a última reunião a 3 de Agosto de 2010 em Paris” e permanecendo “aberto a todos os quadros e intelectuais de Cabinda”, a FLEC, com a presidência de Nzita Tiago, decidiu efectuar uma “restruturação” interna.
António da Silva Anny Kitembo assumiu a vice-presidência acumulando funções como representante da FLEC na Bélgica.
Ficou estabelecido também que Emmanuel Nzita assume as funções de Conselheiro Especial do presidente e encarregado de missões do movimento; Osvaldo Franque Buela, Secretário para Informação e Comunicação; Arsienne Bivouma, Secretário para a Juventude; Jean Claude Nzita, conselheiro de Comunicação da presidência; Fernando Natalício Chincocolo representante na Suécia; José Ndele Ngoma na Suíça; Nkusu Tiaba e Nany Kitembo representantes do movimento em França e Carlos Reis em Portugal, informa o comunicado da FLEC.
Leia em http://www.canalmoz.co.mz/hoje/21389-movimento-pela-autonomia-e-independencia-de-cabinda-reestrutura-se.html
A FLEC reiterou também a vontade de uma “solução negociada” para o conflito em Cabinda, já solicitada por Nzita Tiago ao Chefe de Estado angolano, José Eduardo do Santos.
A direcção política da Frente de Libertação do Estado de Cabinda (FLEC), que luta por separar-se de Angola, reuniu a 15 e 16 de Fevereiro, nos arredores de Paris, com o objectivo de avaliar “a repetição das múltiplas crises” no interior do movimento e formular uma “restruturação” do movimento.
Segundo o comunicado final, a direcção política da FLEC afirma que para “pôr fim a tudo e qualquer tipo de anarquia e oportunismo dentro do movimento de libertação, e promover o processo de reunificação e estruturação em curso, engajado desde a última reunião a 3 de Agosto de 2010 em Paris” e permanecendo “aberto a todos os quadros e intelectuais de Cabinda”, a FLEC, com a presidência de Nzita Tiago, decidiu efectuar uma “restruturação” interna.
António da Silva Anny Kitembo assumiu a vice-presidência acumulando funções como representante da FLEC na Bélgica.
Ficou estabelecido também que Emmanuel Nzita assume as funções de Conselheiro Especial do presidente e encarregado de missões do movimento; Osvaldo Franque Buela, Secretário para Informação e Comunicação; Arsienne Bivouma, Secretário para a Juventude; Jean Claude Nzita, conselheiro de Comunicação da presidência; Fernando Natalício Chincocolo representante na Suécia; José Ndele Ngoma na Suíça; Nkusu Tiaba e Nany Kitembo representantes do movimento em França e Carlos Reis em Portugal, informa o comunicado da FLEC.
Leia em http://www.canalmoz.co.mz/hoje/21389-movimento-pela-autonomia-e-independencia-de-cabinda-reestrutura-se.html
22/02/2012
Elogios a Rosa Coutinho, o “descolonizador” de Angola
Por Manuel Bernardo
O jornal “A Voz de Paço de Arcos”, que se considera um defensor dos interesses da freguesia local, vem transcrever um obituário do Almirante “vermelho”, constante dos Anais do Clube Naval Militar, de Dezembro de 2010 (!?).
E isto a propósito de quê? No final da transcrição é feita a explicação: Esse volume dos Anais foi oferecido à freguesia “por ocasião do aniversário do seu nascimento (14-11-1926), como homenagem de Paço de Arcos, terra onde, cerca de oito anos, veio passar os seus três meses de férias.” (!?) Apenas espero que Paço de Arcos se fique por aqui nesta “homenagem” e não chegue a atitude semelhante à da freguesia de Olival de Basto (Odivelas), que pretende (ou pretendeu…) erigir uma estátua a Samora Machel, responsável pelo governo moçambicano autor das piores tropelias contra portugueses, nos primeiros anos pós-independência.
Vou comentar resumidamente o conteúdo deste texto de que não é indicada a autoria… Depois da alusão à sua actividade como marinheiro e velejador e de engenheiro hidrógrafo em Moçambique e Angola são salientados os depoimentos de vários oficiais de marinha: Comandantes Carrilho Mateus, Daniel Rodrigues e Jorge Jesuíno (o esquerdista Correia Jesuíno, da descolonização de Angola e do PREC, no Continente português?). Todos eles fazem os elogios das qualidades de Rosa Coutinho, como oficial de Marinha antes do 25 de Abril.
O jornal “A Voz de Paço de Arcos”, que se considera um defensor dos interesses da freguesia local, vem transcrever um obituário do Almirante “vermelho”, constante dos Anais do Clube Naval Militar, de Dezembro de 2010 (!?).
E isto a propósito de quê? No final da transcrição é feita a explicação: Esse volume dos Anais foi oferecido à freguesia “por ocasião do aniversário do seu nascimento (14-11-1926), como homenagem de Paço de Arcos, terra onde, cerca de oito anos, veio passar os seus três meses de férias.” (!?) Apenas espero que Paço de Arcos se fique por aqui nesta “homenagem” e não chegue a atitude semelhante à da freguesia de Olival de Basto (Odivelas), que pretende (ou pretendeu…) erigir uma estátua a Samora Machel, responsável pelo governo moçambicano autor das piores tropelias contra portugueses, nos primeiros anos pós-independência.
Vou comentar resumidamente o conteúdo deste texto de que não é indicada a autoria… Depois da alusão à sua actividade como marinheiro e velejador e de engenheiro hidrógrafo em Moçambique e Angola são salientados os depoimentos de vários oficiais de marinha: Comandantes Carrilho Mateus, Daniel Rodrigues e Jorge Jesuíno (o esquerdista Correia Jesuíno, da descolonização de Angola e do PREC, no Continente português?). Todos eles fazem os elogios das qualidades de Rosa Coutinho, como oficial de Marinha antes do 25 de Abril.
22/02/2012 in 25 de Abril de 1974, Angola - Cabinda, História, Portugal | Permalink|Comments (5)ShareThis
20/02/2012
Savimbi, o senhor da guerra que desafiou todos
O fundador da UNITA, Jonas Savimbi, desafiou todas as formas de poder, chegou a controlar a maioria do país e a arrastar potências vizinhas para um conflito de décadas, mas morreu acossado em combate, quase só.
Um dos mais conhecidos senhores da guerra africanos morreu em combate, faz na quarta-feira dez anos, depois de um conflito prolongado contra o poder colonial português e contra o Governo de Luanda, controlado pelo Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), que o perseguiu até à distante província do Moxico, onde o eliminou, fazendo do fim de Savimbi o início da mais longa etapa de paz em Angola.
Jonas Malheiro Savimbi nasceu em Munhango, na província do Bié, em 1934 e era filho de Loth Malheiro Savimbi, funcionário dos Caminhos de Ferro de Benguela e pastor evangélico, e de Helena Mbundu Sakatu.
Um dos mais conhecidos senhores da guerra africanos morreu em combate, faz na quarta-feira dez anos, depois de um conflito prolongado contra o poder colonial português e contra o Governo de Luanda, controlado pelo Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), que o perseguiu até à distante província do Moxico, onde o eliminou, fazendo do fim de Savimbi o início da mais longa etapa de paz em Angola.
Jonas Malheiro Savimbi nasceu em Munhango, na província do Bié, em 1934 e era filho de Loth Malheiro Savimbi, funcionário dos Caminhos de Ferro de Benguela e pastor evangélico, e de Helena Mbundu Sakatu.
02/02/2012
Autoridades angolanas atribuem a irregularidades interdição de entrada a 56 portugueses
De 28 de Dezembro de 2011 a 30 de Janeiro de 2012, 14 mil 636 cidadãos portugueses entraram legalmente em Angola.
O director nacional do Serviço de Migração e Estrangeiros (SME), Freitas Neto, disse, quarta-feira(1), em Luanda, que a interdição de entrada de 56 cidadãos portugueses no país, nos últimos 30 dias, deveu-se ao facto de terem situação migratória irregular, descartando, deste modo, a existência de outros motivos.
Em entrevista à Angop, Freitas Neto assegurou ainda que neste mesmo período, ou seja, de 28 de Dezembro de 2011 a 30 de Janeiro de 2012, 14 mil 636 cidadãos portugueses entraram no território nacional porque tinham situação migratória regular.
"Portanto, não existe má fé ou qualquer outra motivação da nossa parte, já que admitimos pouco mais de 14 mil portugueses no nosso país em pouco mais de 30 dias ", declarou o responsável do SME.
Segundo a fonte da Angop, dos 56 cidadãos lusos interditados, 28 pretendiam entrar no território nacional com vistos que estavam fora do limite temporal estabelecido. "O visto é utilizável nos 60 dias subsequentes, fora disto ele perde a sua validade".
O director nacional do Serviço de Migração e Estrangeiros (SME), Freitas Neto, disse, quarta-feira(1), em Luanda, que a interdição de entrada de 56 cidadãos portugueses no país, nos últimos 30 dias, deveu-se ao facto de terem situação migratória irregular, descartando, deste modo, a existência de outros motivos.
Em entrevista à Angop, Freitas Neto assegurou ainda que neste mesmo período, ou seja, de 28 de Dezembro de 2011 a 30 de Janeiro de 2012, 14 mil 636 cidadãos portugueses entraram no território nacional porque tinham situação migratória regular.
"Portanto, não existe má fé ou qualquer outra motivação da nossa parte, já que admitimos pouco mais de 14 mil portugueses no nosso país em pouco mais de 30 dias ", declarou o responsável do SME.
Segundo a fonte da Angop, dos 56 cidadãos lusos interditados, 28 pretendiam entrar no território nacional com vistos que estavam fora do limite temporal estabelecido. "O visto é utilizável nos 60 dias subsequentes, fora disto ele perde a sua validade".
27/01/2012
Discrepância de 32 mil milhões de dólares no Orçamento de Angola ainda por explicar
JOANA GORJÃO HENRIQUES
A discrepância é um passo na transparência ou confirma as piores expectativas? Observadores e analistas comentam
Ainda não há resposta para a diferença de 32 mil milhões de dólares (25 mil milhões de euros) entre despesas e receitas nas contas orçamentais do Governo angolano entre 2007 e 2010.
A discrepância foi detectada no último relatório do Fundo Monetário Internacional sobre o país. Apesar de o FMI dizer que "os dados preliminares" indicam que "grande parte" se deve "a operações quase fiscais" feitas pela Sonangol em nome do Governo, mas não inscritas "nas contas orçamentais", este "saldo residual" ainda está a ser investigado, diz o último comunicado do FMI emitido esta semana. De acordo com o FMI, uma "análise profunda" será feita ainda este ano.
A discrepância é um passo na transparência ou confirma as piores expectativas? Observadores e analistas comentam
Ainda não há resposta para a diferença de 32 mil milhões de dólares (25 mil milhões de euros) entre despesas e receitas nas contas orçamentais do Governo angolano entre 2007 e 2010.
A discrepância foi detectada no último relatório do Fundo Monetário Internacional sobre o país. Apesar de o FMI dizer que "os dados preliminares" indicam que "grande parte" se deve "a operações quase fiscais" feitas pela Sonangol em nome do Governo, mas não inscritas "nas contas orçamentais", este "saldo residual" ainda está a ser investigado, diz o último comunicado do FMI emitido esta semana. De acordo com o FMI, uma "análise profunda" será feita ainda este ano.
20/01/2012
Homenagem a Raul Indipwo
Por indigitação direta da Sra. D. Odete da Conceição Cruz Indipwo, representante da Fundação Ouro Negro, em Atrozela, Alcabideche, Cascais e dinamizada pelo Presidente da Junta de Freguesia de Alcabideche, Sr. Teixeira Lopes, como se refere em epígrafe, realiza-se final e oficialmente a homenagem, que a Comunidade Lusófona há muito deseja ver concretizada.
Assim, estarão presentes ao ato, os Srs, Embaixador de Angola em Portugal, o Presidente da Câmara Municipal de Cascais, o Presidente da Junta de freguesia de Alcabideche, os quais usarão da palavra, entre os demais familiares, amigos e admiradores do Duo Ouro Negro.
O pintor Ribeiro Canotilho requerente oficial desta iniciativa, declamará durante a cerimónia, também, em honra da causa, o poema de sua autoria escrito há vários anos e denominado " O Vinco ".
Assim, estarão presentes ao ato, os Srs, Embaixador de Angola em Portugal, o Presidente da Câmara Municipal de Cascais, o Presidente da Junta de freguesia de Alcabideche, os quais usarão da palavra, entre os demais familiares, amigos e admiradores do Duo Ouro Negro.
O pintor Ribeiro Canotilho requerente oficial desta iniciativa, declamará durante a cerimónia, também, em honra da causa, o poema de sua autoria escrito há vários anos e denominado " O Vinco ".
14/01/2012
Promoção de Angola no exterior é feita por empresa de filhos de Eduardo dos Santos
JOÃO MANUEL ROCHA
Orçamento da chefia do Estado para gastos na CNN e no canal internacional da TV angolana ronda 31 milhões de euros. Ex-mulher do Presidente também está envolvida no caso
A promoção da imagem de Angola no estrangeiro, nomeadamente através da CNN e do canal internacional da televisão estatal, a TPA, estações em que a presidência do país prevê gastar este ano cerca de 40 milhões de dólares, é feita através de uma empresa controlada por dois filhos do chefe de Estado, José Eduardo dos Santos - a Semba Comunicação.
As verbas para "divulgação junto da CNN" e "encargos com a TPA Internacional" estão inscritas nas despesas da presidência no Orçamento de Estado para 2012. A denúncia de que a promoção é feita pela Semba Comunicação, que tem como sócios Welwitshea, conhecida como "Tchizé", e José Paulino dos Santos é do jornalista e activista angolano Rafael Marques, segundo o qual a "responsabilidade principal da melhoria da imagem do regime" cabe à empresa desde a sua fundação, em 2006.
Orçamento da chefia do Estado para gastos na CNN e no canal internacional da TV angolana ronda 31 milhões de euros. Ex-mulher do Presidente também está envolvida no caso
A promoção da imagem de Angola no estrangeiro, nomeadamente através da CNN e do canal internacional da televisão estatal, a TPA, estações em que a presidência do país prevê gastar este ano cerca de 40 milhões de dólares, é feita através de uma empresa controlada por dois filhos do chefe de Estado, José Eduardo dos Santos - a Semba Comunicação.
As verbas para "divulgação junto da CNN" e "encargos com a TPA Internacional" estão inscritas nas despesas da presidência no Orçamento de Estado para 2012. A denúncia de que a promoção é feita pela Semba Comunicação, que tem como sócios Welwitshea, conhecida como "Tchizé", e José Paulino dos Santos é do jornalista e activista angolano Rafael Marques, segundo o qual a "responsabilidade principal da melhoria da imagem do regime" cabe à empresa desde a sua fundação, em 2006.
12/01/2012
Américo Amorim é sócio do filho de Guebuza e da filha de José Eduardo dos Santos
Empresário português privilegia ligações com a “elite”
Portas abertas parece ser meio caminho para o sucesso. E boas leis de investimento à parte, “o seguro morreu de velho”. São sinais que o famoso magnata português, que se iniciou na cortiça, Américo Amorim, e um dos homens mais ricos de Portugal, não oculta. É a voz da sabedoria…Segundo o Jornal de Negócios, editado em Lisboa, escolheu “bons parceiros” para ter sucesso nos seus negócios em África, com particular destaque para a banca.
Amorim juntou-se à “elite” para ter sucesso. Em Angola, por exemplo, Américo Amorim é accionista do Banco BIC. Sua sócia é Isabel dos Santos, filha do presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, que embora nunca eleito parece ser promessa para durar.
Em Moçambique o magnata investiu no recém-criado Banco Único. Seus sócios neste empreendimento são, entre outros, Mussubuluko Guebuza, filho do actual presidente da República, Armando Guebuza, em fase de despedida do cargo. Salimo Abdula, outro muito chegado ao presidente Guebuza – pelo menos é o que se tem feito constar – é também accionista.
Leia em http://www.canalmoz.co.mz/hoje/21104-americo-amorim-e-socio-do-filho-de-guebuza-e-da-filha-de-jose-eduardo-dos-santos.html
Portas abertas parece ser meio caminho para o sucesso. E boas leis de investimento à parte, “o seguro morreu de velho”. São sinais que o famoso magnata português, que se iniciou na cortiça, Américo Amorim, e um dos homens mais ricos de Portugal, não oculta. É a voz da sabedoria…Segundo o Jornal de Negócios, editado em Lisboa, escolheu “bons parceiros” para ter sucesso nos seus negócios em África, com particular destaque para a banca.
Amorim juntou-se à “elite” para ter sucesso. Em Angola, por exemplo, Américo Amorim é accionista do Banco BIC. Sua sócia é Isabel dos Santos, filha do presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, que embora nunca eleito parece ser promessa para durar.
Em Moçambique o magnata investiu no recém-criado Banco Único. Seus sócios neste empreendimento são, entre outros, Mussubuluko Guebuza, filho do actual presidente da República, Armando Guebuza, em fase de despedida do cargo. Salimo Abdula, outro muito chegado ao presidente Guebuza – pelo menos é o que se tem feito constar – é também accionista.
Leia em http://www.canalmoz.co.mz/hoje/21104-americo-amorim-e-socio-do-filho-de-guebuza-e-da-filha-de-jose-eduardo-dos-santos.html
04/01/2012
Angola mantém silêncio sobre desaparecimento de 32 mil milhões de dólares
Carlos Alberto, titular das Finanças, diz desconhecer o relatório do Fundo Monetário Internacional que menciona o assunto.
Mantém-se o silêncio do executivo angolano sobre a denúncia da Human Rights Watch acerca do destino dado a 32 mil milhões de dólares de fundos públicos, através da companhia petrolífera Sonangol.
Não houve nenhum pronunciamento oficial até ao momento.
Carlos Alberto, titular das Finanças diz-se desconhecedor do relatório do FMI - Fundo Monetário Internacional, citado pela HRW na denúncioa do assunto. O ministro falava à margem da cerimónia de cumprimentos de fim de ano, citado pelo Novo Jornal.
Mas Carlos Alberto é igualmente citado no relatório do FMI, como tendo exteriorizado preocupações relativamente ao poder de intervenção da petrolífera Sonangol, cuja influência chegou (até recentemente) aos poderes de contratação e liquidação de dívidas do Estado.
Mantém-se o silêncio do executivo angolano sobre a denúncia da Human Rights Watch acerca do destino dado a 32 mil milhões de dólares de fundos públicos, através da companhia petrolífera Sonangol.
Não houve nenhum pronunciamento oficial até ao momento.
Carlos Alberto, titular das Finanças diz-se desconhecedor do relatório do FMI - Fundo Monetário Internacional, citado pela HRW na denúncioa do assunto. O ministro falava à margem da cerimónia de cumprimentos de fim de ano, citado pelo Novo Jornal.
Mas Carlos Alberto é igualmente citado no relatório do FMI, como tendo exteriorizado preocupações relativamente ao poder de intervenção da petrolífera Sonangol, cuja influência chegou (até recentemente) aos poderes de contratação e liquidação de dívidas do Estado.
30/12/2011
O colapso da União Soviética levou ao fim do marxismo em Angola
O afastamento do MPLA do marxismo nunca foi explicado, diz Sousa Jamba
O colapso gradual da União Soviética - que resultou na sua dissolução, faz agora 20 anos – teve uma vasta gama de efeitos espectaculares por toda a África: dos governos de inspiração marxista passando pelos movimentos que perderam o seu apoio, a novos conflitos alimentados por um caudal inesgotável de armas e de mercenários provenientes da antiga esfera de influência soviética.
A guerra fria foi descrita por muitos analistas como uma partida de xadrez geográfico entre a União Soviética e os EUA com o objectivo de alargar ou evitar a influência comunista. O continente africano não ficou imune aos efeitos desta disputa.
Angola é um exemplo de como a situação, por vezes, se transforma numa guerra civil sem fim.
Os vencedores da guerra em Angola e os governantes desde a sua independência de Portugal, em 1975, são do MPLA, um partido apoiado pelos soviéticos. Mas quando as tropas cubanas, patrocinadas por Moscovo, abandonaram Angola, em 1991, e a União Soviética deixou de enviar armas e ajuda, o governo angolano renunciou ao marxismo e adoptou as políticas do mercado livre.
O colapso gradual da União Soviética - que resultou na sua dissolução, faz agora 20 anos – teve uma vasta gama de efeitos espectaculares por toda a África: dos governos de inspiração marxista passando pelos movimentos que perderam o seu apoio, a novos conflitos alimentados por um caudal inesgotável de armas e de mercenários provenientes da antiga esfera de influência soviética.
A guerra fria foi descrita por muitos analistas como uma partida de xadrez geográfico entre a União Soviética e os EUA com o objectivo de alargar ou evitar a influência comunista. O continente africano não ficou imune aos efeitos desta disputa.
Angola é um exemplo de como a situação, por vezes, se transforma numa guerra civil sem fim.
Os vencedores da guerra em Angola e os governantes desde a sua independência de Portugal, em 1975, são do MPLA, um partido apoiado pelos soviéticos. Mas quando as tropas cubanas, patrocinadas por Moscovo, abandonaram Angola, em 1991, e a União Soviética deixou de enviar armas e ajuda, o governo angolano renunciou ao marxismo e adoptou as políticas do mercado livre.
16/12/2011
Filme de Luanda de 1955 (Video)
Luanda ainda a construir-se. O porto com navios acostados e a actividade das cargas e descargas ainda baseadas, em grande medida, no trabalho à mão dos estivadores.
A praia maravilhosa...!!!
A rampa do Liceu ainda por fazer. O vendedor de baleizão.
Os carros antigos, onde marcavam lugar os espadalhões americanos.
A piscina do Nun'Alvares. A esquina da pastelaria Paris com o marco do correio. O prédio ao lado do Quintas ainda em construção. A Biker e a Lello.
Para quem ainda não tem, é de guardar este filme. É um testemunho imperdível e, por isso, também, um documento de grande valor histórico e afectivo.
Veja aqui (30 minutos)
http://xa.yimg.com/kq/groups/1111771/1716176170/name/Luanda.wvx
A praia maravilhosa...!!!
A rampa do Liceu ainda por fazer. O vendedor de baleizão.
Os carros antigos, onde marcavam lugar os espadalhões americanos.
A piscina do Nun'Alvares. A esquina da pastelaria Paris com o marco do correio. O prédio ao lado do Quintas ainda em construção. A Biker e a Lello.
Para quem ainda não tem, é de guardar este filme. É um testemunho imperdível e, por isso, também, um documento de grande valor histórico e afectivo.
Veja aqui (30 minutos)
http://xa.yimg.com/kq/groups/1111771/1716176170/name/Luanda.wvx
14/12/2011
CHISSANO, MARCELINO E VIEIRA CONDECORADOS EM ANGOLA
O antigo estadista moçambicano Joaquim Chissano e os combatentes pela libertação da pátria Marcelino dos Santos e Sérgio Vieira foram condecorados, há dias, pelas autoridades angolanas com a Medalha 17 de Setembro do Primeiro Grau.
As três personalidades haviam-se deslocado a Angola para participar no colóquio internacional sobre a história do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), promovido no âmbito 55 anos da criação da organização. E foram oradores principais em painéis organizados no contexto do colóquio, que visava a recolha de elementos para o enriquecimento há historia do mencionado partido no poder desde a independência de Angola, mercê da contribuição de actores locais e estrangeiros, nomeadamente antigos combatentes, intelectuais e estudiosos.
WAMPHULA FAX – 14.12.2011
As três personalidades haviam-se deslocado a Angola para participar no colóquio internacional sobre a história do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), promovido no âmbito 55 anos da criação da organização. E foram oradores principais em painéis organizados no contexto do colóquio, que visava a recolha de elementos para o enriquecimento há historia do mencionado partido no poder desde a independência de Angola, mercê da contribuição de actores locais e estrangeiros, nomeadamente antigos combatentes, intelectuais e estudiosos.
WAMPHULA FAX – 14.12.2011
03/12/2011
Directora da Human Rights Watch espancada em Luanda
Quatro jornalistas, entre os quais o conhecido activista e investigador Rafael Marques foram levados para a Unidade Operativa de Luanda da Polícia Nacional
Uma representante de Human Rights Watch foi espancada por forças de segurança, quando acompanhava, este sábado, uma manifestação de jovens na Praça da Independência, na capital angolana. Lisa Remli, directora para África daquela organização - que se encontra em Angola a efectuar um estudo - não ficou ferida com gravidade, mas oito jovens que participavam na manifestação ficaram - um dos quais com gravidade - na sequência da intervenção feita por indivíduos à paisana.
Paralelamente, quatro jornalistas, entre os quais o conhecido activista e investigador Rafael Marques foram levados para a Unidade Operativa de Luanda da Polícia Nacional. As ordens de detenção foram inicialmente dadas contra Isabel João, jornalista do "Novo Jornal",presente nas imediações da Praça da Independência, entretanto encerrada com gradeamentos e para onde manifestantes se dirigiam.
Uma representante de Human Rights Watch foi espancada por forças de segurança, quando acompanhava, este sábado, uma manifestação de jovens na Praça da Independência, na capital angolana. Lisa Remli, directora para África daquela organização - que se encontra em Angola a efectuar um estudo - não ficou ferida com gravidade, mas oito jovens que participavam na manifestação ficaram - um dos quais com gravidade - na sequência da intervenção feita por indivíduos à paisana.
Paralelamente, quatro jornalistas, entre os quais o conhecido activista e investigador Rafael Marques foram levados para a Unidade Operativa de Luanda da Polícia Nacional. As ordens de detenção foram inicialmente dadas contra Isabel João, jornalista do "Novo Jornal",presente nas imediações da Praça da Independência, entretanto encerrada com gradeamentos e para onde manifestantes se dirigiam.
16/11/2011
Em Benguela, juventude do MPLA queixa-se de falta de liberdade de expressão
Angola
Membros da organização juvenil do partido no poder em Angola estão em rebelião
Os membros da Juventude do Movimento Popular de Libertação de Angola, JMPLA, ameaçam realizar uma manifestação violenta contra a falta de liberdade de expressão no seio do partido no poder, noyiciou ontem a Voz da América, num despacho de António Capalandanda.
Em carta ao primeiro secretário provincial do MPLA em Benguela, Armando da Cruz Neto, os protestantes avisam que irão sair às ruas no próximo dia 10 de Dezembro, data da fundação do MPLA, acompanhados de instrumentos perigosos para se defenderem contra uma eventual repressão policial.
Na missiva a que “Voz da América” teve acesso, os jovens avisam que irão boicotar as eleições no município da Catumbela e acusam alguns dirigentes daquela formação partidária de estarem a limitar os espaços de recreação da juventude da municipalidade.
A queixa-crime que David Mendes interpôs na PGR contra o presidente de Angola e da SADC
O advogado e político angolano DAVID MENDES interpôs a 10 de Outubro último, na Procuradoria Geral da República em Luanda, uma queixa-crime “contra o cidadão angolano”, José Eduardo dos Santos, que é presidente de Angola e presidente do MPLA, partido no poder, por alegado peculato.
Dos precisos termos da queixa interposta damos conta a seguir na íntegra.
O advogado é do Partido Popular de Angola.
Texto da queixa crime contra JES
“AO DIGNÍSSIMO DR. PROCURADOR GERAL DA REPÚBLICA
L U A N D A
PARTIDO POPULAR – PP, com sede nesta cidade de Luanda, na rua Cte Valodia, 5º andar, nº 59, neste acto representado pelo seu presidente, MANUEL DAVID MENDES;
Vem apresentar contra:
JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS, cidadão Angolano, com residência na Cidade Alta, presidência da república;
14/11/2011
Rafael Marques faz queixa-crime contra nove generais angolanos
São nove conhecidos e influentes generais e são citados na qualidade de proprietários de duas sociedades, nomeadamente a Lumanhe e a Teleservice
A Procuradoria Geral da República de Angola recebeu hoje um requerimento, para procedimento criminal e inquérito, da autoria do jornalista e investigador Rafael Marques. Na queixa-crime, são citados os nomes de nove generais angolanos.
Rafael Marques foi hoje recebido na área de Expediente do Gabinete do Procurador da República.
O documento queixa a que a Voz da América teve acesso, identifica quatro grupos de pessoas, incluindo as respectivas sociedades que funcionam nas Lundas.
A Procuradoria Geral da República de Angola recebeu hoje um requerimento, para procedimento criminal e inquérito, da autoria do jornalista e investigador Rafael Marques. Na queixa-crime, são citados os nomes de nove generais angolanos.
Rafael Marques foi hoje recebido na área de Expediente do Gabinete do Procurador da República.
O documento queixa a que a Voz da América teve acesso, identifica quatro grupos de pessoas, incluindo as respectivas sociedades que funcionam nas Lundas.
13/11/2011
Maquis e Arredores - Memórias do jornalismo que acompanhou a luta de libertação nacional" - por Siona Casimiro
Maquis e Arredores - Memórias do jornalismo que acompanhou a luta de libertação nacional - por Siona Casimiro Notícias Portuguese
(Ouça aqui em cima)Factos e histórias que marcaram a luta armada no período de 1961 a 1975
A obra literária "Maquis e Arredores - Memórias do jornalismo que acompanhou a luta de libertação nacional" foi lançada nesta quarta-feira, na União dos Escritores Angolanos, em Luanda.
O livro da autoria do jornalista Siona Casimiro contém publicações de factos e histórias que marcaram a luta armada no período de 1961 a 1975 escritos por profissionais como André Massaki, Sam Luval, Ernesto Dimbu e Jean Jacques Mavatiku, entre outros.
O livro de 305 páginas teve uma tiragem de dois mil exemplares e foi editada pela Mayamba Editora.
13/11/2011 in Angola - Cabinda, Letras e artes - Cultura e Ciência | Permalink|Comments (0)ShareThis
11/11/2011
Economia angolana continua a ser "extractiva"
Escravatura foi "resultado de alianças com líderes africanos"
Acummulação de capital alcançadas agora através de "métodos de lucro e poupança até métodos deliquentes a vários níveis," A economia de Angola foi e continua a ser uma economia extractiva, disse Jonuel Gonçalves autor do livro " A Economia Ao Longo da História de Angola" publicado Quinta-feira em Luanda.
Numa entrevista à Voz da América, Jonuel Gonçalves diz que dividu a história económica de Angola em quatro períodos distinto, nomeadamanete " Angola no mercantilismo", seguido da "colonial estagnação", a "economia do ultra-colonialismo" e finalmente o período pós-indepêndencia.
11/11/2011 in Angola - Cabinda, Letras e artes - Cultura e Ciência | Permalink|Comments (1)ShareThis
09/11/2011
Namíbe:Ex-combatentes das FAPLA ameaçam sair à rua
Os ex-combatentes sublinham que não é de papéis que se alimenta o homem que trouxe a paz em Angola
Ouça aqui:
Mais de mil e quinhentos desmobilizados das extintas FAPLA, à luz dos Acordos de Bicesse,celebrados em Portugal,no ano de 1992, dizem estar apavorados com a situação social degradante por que passam com suas respectivas famílias.
Uma carta posta a circular, presumindo-se ser da autoria dos desmobilizados a que a Voa teve acesso, dizem que observam com desagrado e repulsa a listagem contendo seus nomes em vários documentos, como se de publicidade de novas encomendas de mercadorias para o mercado de consumo se tratassem, em nome dos apoios que nunca se concretiza.
"Nós, os desmobilizados de Cabinda ao Cunene queremos que sua Excelência o senhor Presidente de todos os angolanos, Eng.º José Eduardo dos Santos, e em particular comandante em chefe das extintas FAPLA, tome conhecimento deste facto, corrija este erro para que os desmobilizados das FAPLA também se sintam filhos da mesma pátria", lê-se na carta, posta a circular nas ruas da cidade do Namibe.
Ouça aqui:
Mais de mil e quinhentos desmobilizados das extintas FAPLA, à luz dos Acordos de Bicesse,celebrados em Portugal,no ano de 1992, dizem estar apavorados com a situação social degradante por que passam com suas respectivas famílias.
Uma carta posta a circular, presumindo-se ser da autoria dos desmobilizados a que a Voa teve acesso, dizem que observam com desagrado e repulsa a listagem contendo seus nomes em vários documentos, como se de publicidade de novas encomendas de mercadorias para o mercado de consumo se tratassem, em nome dos apoios que nunca se concretiza.
"Nós, os desmobilizados de Cabinda ao Cunene queremos que sua Excelência o senhor Presidente de todos os angolanos, Eng.º José Eduardo dos Santos, e em particular comandante em chefe das extintas FAPLA, tome conhecimento deste facto, corrija este erro para que os desmobilizados das FAPLA também se sintam filhos da mesma pátria", lê-se na carta, posta a circular nas ruas da cidade do Namibe.
28/10/2011
A lei (da bala) na colónia de Cabinda
Um jornalista da Voz da América foi vítima de um atentado, desta vez na colónia angolana de Cabinda.
Segundo testemunhos, o quintal da sua residência foi invadido por dois homens armados que, certamente, iam convidar o jornalista José Manuel (que não se encontrava em casa e que foi avisado pelos vizinhos do que se estava a passar) para jantar…
As autoridades coloniais (seja lá o que isso for) prometeram averiguar. Cá para mim vão apenas averiguar as razões pelas quais os facínoras não conseguiram fazer o mais importante: matar o José Amanuel.
Recordam-se da María Elizabeth Macías? Era jornalista no jornal mexicano “Primera Hora”. Foi decapitada por, dizia a mensagem que estava junto ao seu mutilado corpo, denunciar crimes nas redes sociais.
Leia em http://www.altohama.blogspot.com/
Segundo testemunhos, o quintal da sua residência foi invadido por dois homens armados que, certamente, iam convidar o jornalista José Manuel (que não se encontrava em casa e que foi avisado pelos vizinhos do que se estava a passar) para jantar…
As autoridades coloniais (seja lá o que isso for) prometeram averiguar. Cá para mim vão apenas averiguar as razões pelas quais os facínoras não conseguiram fazer o mais importante: matar o José Amanuel.
Recordam-se da María Elizabeth Macías? Era jornalista no jornal mexicano “Primera Hora”. Foi decapitada por, dizia a mensagem que estava junto ao seu mutilado corpo, denunciar crimes nas redes sociais.
Leia em http://www.altohama.blogspot.com/
27/10/2011
ANGOLA "NÃO É TÁBUA DE SALVAÇÃO QUE TODA A GENTE PENSA"
Angola e Portugal inauguraram a partir desta Quarta-feira 'um novo ciclo na mobilidade dos cidadãos dos dois países' com a entrada em vigor do novo acordo de facilitação de vistos entrada, 'com um evidente desenvolvimento das relações económicas e laborais'.
O novo acordo, que vem pôr fim aos constrangimentos na obtenção de vistos para Angola e para Portugal, prevê um prazo de 30 dias para a obtenção de um visto de trabalho, que passa a ter a duração de três anos, contra os actuais 12 meses, renováveis duas vezes por iguais períodos, mas sendo necessário, no final de cada um, o retorno a Portugal para a renovação. O visto permite múltiplas entradas e saídas.
Em relação aos vistos de curta duração, passam a ser até 90 dias por semestre, 180 dias por ano e podem ser obtidos no prazo de oito dias, contrariamente ao que acontecia. Este visto de curta duração permite múltiplas entradas.
O documento foi assinado em Setembro, em Lisboa, entre o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, e o seu congénere angolano, Georges Chikoti.
O novo acordo, que vem pôr fim aos constrangimentos na obtenção de vistos para Angola e para Portugal, prevê um prazo de 30 dias para a obtenção de um visto de trabalho, que passa a ter a duração de três anos, contra os actuais 12 meses, renováveis duas vezes por iguais períodos, mas sendo necessário, no final de cada um, o retorno a Portugal para a renovação. O visto permite múltiplas entradas e saídas.
Em relação aos vistos de curta duração, passam a ser até 90 dias por semestre, 180 dias por ano e podem ser obtidos no prazo de oito dias, contrariamente ao que acontecia. Este visto de curta duração permite múltiplas entradas.
O documento foi assinado em Setembro, em Lisboa, entre o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, e o seu congénere angolano, Georges Chikoti.
27/10/2011 in Angola - Cabinda, Portugal, Turismo - Parques Caça - Aviação | Permalink|Comments (1)ShareThis
“Corrupção em Angola: Um impedimento para a democracia”
– Rafael Marques, activista dos Direitos Humanos
“Corrupção em Angola: um impedimento para a democracia” é o titulo do mais recente artigo divulgado pelo angolano Rafael Marques. No documento ele denuncia irregularidades cometidas por altos dirigentes de Angola.
O ex-jornalista e activista angolano Rafael Marques deu recentemente uma entrevista a um jornal alemão. Pelo interesse e sobretudo pela similitude de comportamentos com o que se passa em Moçambique, publicamo-la em jeito de pergunta resposta, com a devida vénia:
DW: De que forma é que a corrupção verificada ao nível de altos dirigentes de Angola influencia negativamente a democracia?
Rafael Marques (RM): A razão principal da asfixia da democracia em Angola tem a ver com a necessidade de protecção dos negócios privados dos dirigentes angolanos. Temos estado a ver, desde 1992 que, praticamente, os dirigentes do MPLA têm estado a privatizar o país em seu favor, para o enriquecimento pessoal. Estamos a falar de umas poucas famílias, por exemplo, grande parte dos negócios estão em nome da filha do Presidente da República, outros negócios estão com uma dúzia de generais e ministros. Não há possibilidade de coexistência de uma verdadeira democracia onde haja um poder judicial autónomo e esse tipo de saque que se verifica no país. Porque havendo democracia no país, certamente haverá autonomia do poder judicial e estes casos poderão ser levados a tribunal.
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