terça-feira, 23 de outubro de 2012

20 anos da Paz: Ode à FRELIMO, RENAMO e ao POVO

 

by Lazaro Mauricio Bamo on Tuesday, 23 October 2012 at 13:16 ·
Antes tarde que nunca, assim penso eu e tenho certeza que muitos se guiam por este princípio fundamental da vida. Celebramos ontem, 4 de Outubro, 20 anos de Paz em Moçambique. Celebramos o calar das armas e abertura de um espaço para manifestação de opiniões de cada um em prol de um Moçambique cada vez melhor.

Tenho certeza absoluta que, o diálogo desempenhou um papel fundamental para se ultrapassar as diferenças entre a RENAMO e o Governo de Moçambique, liderado pela FRELIMO. É que, não fosse este, estariamos mergulhados em profundas e turvas praias de sangue, seriamos um povo sem tecto e sem chão. Não fosse o diálogo, estariamos em tendas algures na região, fugindo da nossa própria casa e a espera de um milagre para PAZ.

Foi o diálogo, sempre diálogo, que levou a RENAMO e o Governo da FRELIMO a sentarem-se à mesa e a por fim ao massacre de civis inocentes. Ninguém ganhou com a guerra, por isso ela nunca pode ser aqui exaltada, ela trouxe desgraça para pessoas, familias e para nação. Ela destruiu o pouco que o País e os moçambicanos tinham, criou medo, terror, pânico e trauma para milhares de pessoas inocentes.

Foi provado durante a guerra, que ela interessava mais a pessoas alheias ao nosso país que a nós mesmos, por isso que, sem piedade ateavam fogo na nossa casa, destruiam pontes, queimavam fábricas, autocarros, hospitais, sem falar de massacres. O veneno usado para agitar os irmãos moçambicanos, era tão poderoso de tal forma que só o diálogo podia resolver o problema. Demorou a descoberta ou o despertar da conciência dos irmãos moçambicanos sobre a necessidade de diálogo, para buscar-se a PAZ, SOLIDARIEDADE e IRMANDADE.

A guerra não trouxe democracia; a guerra não trouxe as liberdades fundamentais do homem; não foi a guerra que trouxe tudo que temos hoje, foi a PAZ , como resultado inquestionável do DIÁLOGO entre os irmãos moçambicanos. Não foi a guerra que trouxe as infraestruras que temos; não é a guerra que nos leva a celebrar hoje os 20 anos da Paz, mas sim o diálogo.

As diferenças entre a FRELIMO e a RENAMO, tem um ponto em comum na busca de soluções, O DIÁLOGO, aliás, tanto com o Presidente Joaquim Chissano como com Presidente Armando Guebuza, figuras proeminentes para busca da Paz através do diálogo, o líder da RENAMO, Afonso Dlakhama sempre manteve encontros, para assegurar que a Paz e o Diálogo prevaleçam no País.

Se o diálogo entre o governo e a oposição, no caso a RENAMO, fosse uma miragem se calhar teriamos voltado a guerra e seriamos habitantes das tendas e dos campos de refugiados; se o diálogo tivesse nascido e perecido em Roma, no célebre dia 4 de Outubro de 1992, seriamos habitantes da pátria dos outros, nossas praias, nossas riquezas não seriam nossas.

Hoje celebramos 20 anos da PAZ, porque o POVO soube fazer reconciliação; celebramos hoje duas décadas de tranquilidade porque com diálogo sempre buscamos analgésico para as nossas diferenças.

A FRELIMO e a RENAMO não precisam estar unidas para que agente se convença de que há Paz no País, pois, as suas ideologias e conceitos são por si só divergentes, ainda que todos concordem no bem estar nacional; ainda que eles encontrem no diálogo a solução para as suas diferenças ideológicas. Particularmente, não quero quero a RENAMO faça tudo que a FRELIMO quer nem que a FRELIMO dance a música da RENAMO, mas que os dois continuem a debater as suas ideias, pois como diz o Teólogo Karl Bath, a verdade surge num impasse entre duas ideias antagónicas.

Não quero que a FRELIMO e a RENAMO troquem palavras de amor, mas que prevaleçam as diferenças fundamentadas, estruturadas e lógicas em relação ao desenvolvimento do País. Esperaria abraços e carinhos diários entre os dois partidos, se eles fossem uma coligação, mas não é o caso.

O diálogo sempre vingou, sempre falou mais alto e levou o Paz a prevalecer não só entre a FRELIMO e a RENAMO, mas entre o POVO moçambicano, apesar das suas diferenças, aliás, são estas diferenças que estão a fazer o País crescer.

ODE À FRELIMO, RENAMO e POVO MOÇAMBICANO, por saberem acima de tudo gerir as suas diferenças; ODE a todos estes por terem aprendido que são irmãos, e que a guerra só destruiu e tudo que temos é fruto da PAZ.

ODE ao diálogo, que sempre orientou o governo liderado pela FRELIMO, bem como a RENAMO e o POVO moçambicano. Vinte anos depois, seria absurdo que as pessoas não soubessem fazer escolhas, e que fossem receptores passivas dos discursos. O questionamento a esta ou aquela acção governativa, é resultado da consciência do cidadão sobre seu papel no desenvolvimento do País.

ODE aos obreiros da Paz, FRELIMO, RENAMO, por isso que o POVO não tolera os erros que possivelmente possam ser cometidos por estes, porque eles tem responsabilidade, sempre inspiraram o povo, por terem aceite sentar-se a mesa e colocar o PONTO FINAL AO MASSACRE DE CIVIS E INOCENTES.

ODE AOS OBREIOS DA PAZ

1 comentário:

Anónimo disse...

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